Esportes
Zé de Jesus Barrêto
10/12/2018 às  10:06

RIVER CAMPEÃO DA LIBERTADORES E CALA O BOCA COM 3X1, ZédeJesusBarrêto

Quinteros e Fernandes, dois grandes craques de bola que desmantelaram a defesa do Boca



Enfim, saiu o campeão da América do Sul em gramado espanhol, pela primeira vez na história da competição. Fiesta Argentina do River Plate em Madri, sem hora para terminar. Título conquistado de virada, vencendo o grande rival Boca Juniors, 3 x 1. A taça ficou em boas mãos, venceu quem jogou mais bola.  É o quarto título de Libertadores do River.

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    A disputa aconteceu na Europa em consequência da lambança dos Hermanos, no dia 24 de novembro, nos arredores do estádio Monumental de Nuñez, Buenos Aires, quando falanges ‘barra bravas’ da torcida do River apedrejaram o ônibus do Boca e o jogo da decisão foi então adiado e depois suspenso. No primeiro confronto, no La Bombonera (o estádio do Boca), deu empate, um 2 x 2,  em bom jogo, disputado na bola.  

  Depois do acontecido, a diretoria do  Boca Juniors fez de tudo para ganhar a taça no ‘tapetão’, sem ter de ir disputa-la nos gramados, mas prevaleceu o bom senso e a final foi marcada para o Santiago Bernabeu, o santuário do Real  Madrid. Na bola, deu River.    

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  Mundial de Clubes

  Assim, definida a pendenga em campo, Campeão da Libertadores da América /2018, o River Plate representará o continente Sul-americano no Torneio Mundial de Clubes da FIFA, que acontece de 12 a 22 de dezembro, nos Emirados Árabes. 

  Os outros clubes que participam do Mundial são o Real Madrid (Europa), o Chivas do México (Cancacaf), o Kashima Antlers (Japão/Ásia), o Esperance da Tunísia representando o continente africano, e o Team Wellington da Nova Zelândia/Oceania.

A equipe Campeã da Libertadores volta a Buenos Aires para as comemorações com a fanática torcida, nas ruas, e depois embarca para as Arábias, onde  estreia no dia 18.

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  O jogo no Bernabeu  

  Arquibancadas cheias, arbitragem uruguaia, e em campo um jogo brigado, com muita voracidade de lado a lado, rivalidades à flor da pele, muita emoção e pouca técnica, individual e coletiva: nervosismo, trombadas, passes erados. É o que temos.

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 O astro argentino Messi (do Barcelona) marcou presença como convidado de honra. Presentes também os astros: Piquet e Vidal, do Barça; os italianos Chiellini e Bunucci,  Klinsmann, Simeone e Godin do  Atlético de Madri; o colombiano James Rodrigues, do Bayern  Munique ...   E o mundo inteiro de olho na tevê.

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 - Gol ! Boca 1 x 0, aos 44 min, o maldito (carrasco dos brasileiros na competição) Benedetto, disputou e ganhou da zaga um chutão em profundidade, pelo meio, encarando o goleiro e colocando de direita no canto. Pra variar, saiu tirando sarro na cara dos adversários, provocador.

  Na primeira etapa houve equilíbrio de oportunidades, O River Plate teve mais posse de bola, evoluiu melhor em campo, mas ...  o Boca Juniors fez o gol, venceu: 1 x 0.

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  O River voltou da merenda melhor, buscando mais o ataque. O Boca fechadinho, marcando com garra, na moita, na manha, ganhando tempo e esperando o momento certo do bote. A mesma pegada. Muito tempo de bola parada, uma demora para bater faltas, o árbitro envolvido pela catimba dos atletas.  

   - Gol ! 1 x  1, Lucas Pratto, aos 22 minutos.  O River entrou tabelando pela meia direita, Pratto completou da marca do pênalti a bola rolada por Palácios, empatando. Um bela trama coletiva.   Um empate mais que justo, o River jogando mais, trabalhando melhor a bola.

   Mas a partida caiu muito a partir do empate decretado. Ficou travada, milongada, sem mais tramas ofensivas, com muita simulação, a arbitragem enrolada, o tempo passando e nada aconteceu. Futebol pobre. Com o empate, a decisão foi para os 30 minutos de prorrogação.

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  Logo aos dois minutos da prorrogação, o árbitro expulsou o  meio-campista Barrios, do Boca, após uma entrada maldosa. Já tinha levado cartão amarelo, levou outro e foi pra rua, complicando a vida dos colegas em campo. Melhor pro River. Saberia aproveitar a vantagem de um atleta a mais ?

  Inferiorizado numericamente no gramado, o Boca passou a apostar na possibilidade de decidir através da cobrança de tiros livres da marca do pênalti, como previa o regulamento. Defendeu-se com bravura, provocou o manjado cai-cai para gastar tempo e travar ímpeto adversário, que fazia pressão.  

  A segunda etapa da prorrogação foi mesmo um ataque contra defesa. O Boca suportou bravamente até os 18 min.

- Gol !  2  x1, River : Quinteros, finalizando forte, de canhota, da meia lua, após boa troca de passes no ataque. Justo. Virada.

  O veterano Tevez foi pro campo e o Boca Junior foi pro tudo ou nada,  a 10 minutos do final.  Bolas alçadas, garra, aquele jogo do abafa ! Até o goleirão Andrada, do Boca, foi pra frente.

  Superação, alma.  O jogo virou uma pelada emocionante.  No último minuto, já  com 9 homens apenas em campo, Jara, do  Boca, acertou a trave do River.

- Gol !  3 x 1, River, no último minuto, Martinez. Com todos os atletas do Boca na área do River, inclusive o goleiro, a devesa afastou a cobrança de um escanteio e Martinez disparou do meio campo, livre, o gol vazio... e ‘só não entrou com bola e tudo porque teve humildade”.

  Liquidou a partida, dando o título ao River Plate, de virada, numa decisão histórica contra o grande rival.  Mãos  na taça.

 

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  Sul-Americana

  Na noite da próxima quarta-feira (19h) sai o campeão da Copa Sul-Americana, em  Curitiba, no confronto final entre Atlético (PR) x Junior Baranquilla, da Colômbia. O primeiro jogo, em Barranquilla, deu empate: 1 x 1.

  O rubro-negro paranaense pinta como favorito porque joga em casa, no gramado sintético de sua Arena (onde só o Bahia conseguiu vencê-lo), e com o apoio maciço de sua torcida, empolgada com a possibilidade de um título internacional, o primeiro do clube.

   Bairristicamete até poderíamos dizer que o Atlético tem uma equipe mais qualificada, mas o Barranquilla não é qualquer ‘galinha morta’; é um time tinhoso e com bom toque de bola. Jogou desfalcado em casa mas vem inteiro para o confronto. Os colombianos acreditam também na possibilidade de conquistar o primeiro (deles também) troféu internacional.

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 Notícias do Ba Vi   

 Férias até o dia 4 de janeiro, a data marcada da reapresentação para o começo dos treinos/pré-temporada para 2019.  Baianão e Nordestão já começam  em janeiro.

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 - De olho na pedreira da Segundona, a grana curta, vivendo uma crise política nos bastidores, o Rubro-negro anunciou a contratação do treinador Marcelo Chamusca. Foi atleta no clube, onde começou a carreira de treinador, mostrando um bom trabalho. Conhece bem os meandros da Toca do Leão, as manhas do Leão, e gosta de trabalhar, de montar equipes com jovens advindos das divisões de base. Solução ? Agora mais vivido, mais rodado, mais experiente, Chamusca pode ser uma boa aposta.

   A tarefa é grandiosa, o torcedor rubro-negro anda tiririca com o que aconteceu dentro dos gramados e sobretudo fora, nas intrigas do poder do clube.  

 Chamusca Vai ter muito trabalho, tem muita panelinha pra destampar. O ano de 2018 é pra esquecer. 

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 - No Bahia, a manutenção da equipe técnica comandada por Ênderson Moreira, a saída de dois atletas que se destacaram na temporada (Zé Rafael foi para o Palmeiras e Leo para o São Paulo), o interesse de clubes europeus na revelação Ramires...   O centroavante Gilberto que ainda não confirmou se fica ou sai.

  É o momento de renovar contratos, reintegrar alguns atletas que estavam emprestados (Iuri, Juninho?), reforçar aqui e alí para que o clube tenha um elenco que aguente o repuxo da  temporada 2019, com as competições: Nordestão, Baianão, Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Brasileirão.

  Bom lembrar que teremos uma parada, em junho, para a disputa da Copa das Confederações, em gramado brasileiros, inclusive na Fonte Nova.  

  A diretoria está anunciando a mudança do Centro de Treinamento – de Itinga para a Cidade Tricolor, em Camaçari/Dias d’Ávila.  A equipe realizou uma boa temporada 2018, não perdeu um só Ba x Vi, ganhou elogios pela qualidade do futebol em campo na Série A, na Sul-Americana, na Copa do Brasil, mas o único título conquistado foi o do Baianão. O trocedor quer mais.

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