Esportes
Zé de Jesus Barrêto
08/11/2014 às  10:28

Um semana de crises, de emoções e expectativas..

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- Os jogos pela Copa do Brasil que classificaram Cruzeiro e Atlético para a grande final mineira, inédita.  Jogaços !  E teremos festa em BH, Mineirão cheio, os olhos do país inteiro voltados para Minas Gerais, onde se joga o melhor futebol do país já há algum tempo.  O Cruzeiro tem um elenco mais qualificado, uma equipe mais técnica, porém  a raça do Galo é algo admirável; é o time da virada, do ‘eu acredito!’.  Imagina o clima dessa decisão !

- Pela Copa do Brasil sub-20, Bahia x Vitória fazem uma das semifinais do torneio. Um alento de esperança nessa garotada que significa o futuro do futebol baiano. Só acreditando, investindo nos meninos da base poderemos formar boas equipes. Aì estão o Zé Wélisson, o Bruno Paulista, Railan, Pará, Feijão, Mansur, Willie ...   Melhor que trazer, a altos custo, refugos envelhecidos sem nenhuma identidade com as camisas que envergam. De olho, pois, nesse clássico Ba x Vi, sub-20, olhos de esperança.

*

Falemos de crises:

- Com o time, em campo, ocupando o penúltimo lugar na tabela de classificação do Brasileirão 2014, atolado na chamada zona do rebaixamento – os quatro últimos que caem para a segundona, a série B -  o Bahia, clube de maior torcida no estado, às vésperas de mais uma eleição para sua diretoria, vive um momento de desmandos e falta de comando fora dos gramados.  

Diretores que por um motivo ou outro pularam fora  - Reub Celestino, Sidônio Palmeira, Valton Pessoa-, mais os gerentes e diretores ligados à comissão técnica e o departamento de futebol  - William Machado, Ocimar Bolicenho, Marcos Vinícius e Rodrigo Pestana  - e o barco quase à deriva, o leme vacilando nas mãos já sem sustança  do presidente Fernando Schimidt.

Daí ...  Insegurança, desmandos, salários atrasados, desconfianças ...  claro que isso tem reflexos na equipe em campo, a seis rodadas do fim da competição e precisando ganhar no mínimo quatro dos jogos que faltam;  missão difícil, série B à vista, mais uma vez.  O Bahia, que fez história no século XX, ganhou dois títulos nacionais, parece que se afundou no século XXI , ou ainda não entrou nele de verdade.  

Eleições em dezembro, o sócio-torcedor com direito a voto.  Mas, a essa altura do campeonato, confiar e votar em quem ?  Apresentou-se, até agora, como possível candidato o radialista e empresário do ramo do futebol Antonio Tillemont. Fala-se também nos nomes do empresário e engenheiro Rui Cordeiro, sonha-se com Virgílio Elísio da Costa Neto, atualmente diretor  da CBF, e até especulou-se a volta do ex-presidente do Tribunal de Contas e ex-presidente tricolor, o Paulo Maracajá, que já disse nos microfones que está fora do páreo.

Com o time na série B, o desastre e ... muita revolta da devotada, envelhecida e sofrida torcida tricolor.

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Falando de expectativas:

- No fim de semana,  o Vitória, bem ali colado na porta da zona, enfrenta o São Paulo, no Barradão.  É vencer ou vencer, até porque depois o time fará jogos difíceis fora. O rubronegro tem todas as vantagens, mesmo com uma equipe inferior técnica e individualmente.  Joga em casa, com a torcida empurrando,  teve uma semana só de descanso e treinamentos, há um clima de confiança entre os atletas e até no seio da galera. 
O São Paulo, de olho nos primeiros lugares do Brasileirão e disputando a fase final da Copa Sulamericana, chega a Salvador com os atletas no bagaço, três jogos em uma semana e muitas horas de aviões, aeroportos e hotéis. A equipe terá pernas para aguentar o ritmo forte do Leão, em sua toca ?  É o que veremos.

- Já o Bahia, que não pode mais nem pensar em empates, joga domingo em Goiânia, no espaçoso Serra Dourada, contra o Goiás, parada difícil.  O clube em crise fora de campo, a equipe cheia de desfalques e com o treinador  Gilson Kleina na corda bamba. Que time vai a campo, como os jogadores reagirão nesse momento crucial  ?  Nem os torcedores mais ferrenhos confiam numa reação positiva e consequente classificação do tricolor nessa reta final. Até porque a equipe mostra erros fundamentais a cada jogo: um goleiro indeciso e que tem levado gols fáceis, um ataque que finaliza muito pouco e mal.  Não, não falta vontade, falta qualidade ao elenco do Bahia.  Os torcedores esperam que alguns jogadores se superem,  surpreendam e eu possa queimar a língua. 


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