11/02/2015 às
19:38
ESTRÉIA DA COLUNA TEMPO DE VINHO na pena de MAURÍCIO FERREIRA
O 80 Ottant'anni Vecchie Vigne é produzido com a cepa Primitivo (ancestral da Zinfandel da Califórnia, a quem transferiu o DNA e caracteristicas, chegando a serem consideradas as mesmas por grande parte dos enólogos)
Nos últimos tempos, temos visto, não apenas o consumo de vinho crescer, mas, também, o interesse pela bebida de Baco. Não raro, vimos animados bate-papos aflorarem às mesas, sobre qual a melhor cepa, qual o melhor produtor, quais rótulos merecem ser recomendados e compartilhados com os amigos. Isso mesmo: degustar vinhos é, sobretudo, compartilhamento.
Quem ainda não teve a oportunidade de sentar à mesa com alguns bons camaradas e degustar uma elegante taça de vinho, não sabe o que está perdendo.
Com o vinho vem a verdade, o diálogo, a confraternização, coisas que ajudam a fortalecer as relações sociais, imprescindíveis ao mundo, desde que o homem passou a viver em comunidade.
Aqui em Salvador, como no resto do Brasil, o hábito de beber vinho com amigos vem se firmando cada vez mais, com muitas confrarias se formando, bem como o consumo em restaurantes e na própria residência, quase sempre acompanhado de uma animada conversa e saborosos pratos, elaborados e harmonizados com todo cuidado para eternizar as lembranças destes bons momentos.
À convite do site Bahia Já, do jornalista Tasso Franco, nas próximas semanas passarei a dar algumas dicas sobre o maravilhoso mundo do vinho, indicando os mais recomendados para cada ocasião, a
arte do bem servir e seus acessórios, regiões, tipos de uvas e cortes clássicos ou inusitados, dicas de harmonização, mas, principalmente, vinhos, vinhos e mais vinhos!
Pois, como dizem, o vinho só se conhece na taça. Então vamos a elas:
PRIMITIVO DI MANDURIA 80
OTTANT'ANNI VECCHIE VIGNE 2012, CIGNOMORO (IT)
Inicio essa coluna com um vinho que certamente fará muito sucesso em qualquer degustação, o Primitivo de Manduria 80 Ottant’anni Vecchie Vigne 2012, da renomada Cignomoro (www.cignomoro.it),
produzido na região de Puglia, situada ao sul da Itália, famosa por cultivar as cepas Primitivo e Negroamaro, tipicamente locais, e que foi degustado no Restaurante Pobre Juan, com impecável serviço do experiente sommelier Marcelo Santos.
O 80 Ottant'anni Vecchie Vigne é produzido com a cepa Primitivo (ancestral da Zinfandel da Califórnia, a quem transferiu o DNA e caracteristicas, chegando a serem consideradas as mesmas por grande parte dos enólogos), uma das mais antigas a serem cultivadas, e carrega em seu curriculo diversos prêmios internacionais, tais como: Medalha de Ouro no Concours Mondial de Bruxelles 2013, Medalha de Ouro no International Wine Challenge 2014, Medalha de Ouro no Mundus Vini 2014, Medalha de Ouro no Berliner Wine Trophy 2014, Medalha de Ouro no China Wine & Spirits Competition 2013.
Portanto, é um vinho de “muita responsa” e bastante atual.
Na taça é magnífico! De cor vermelho intenso e reflexos púrpura, revela imensa maturidade para um vinho tão jovem. No nariz se revela complexo, com aroma herbáceo e refrescante, que gradativamente cede espaço para notas de chá preto, tabaco, achocolatados, cassis e madeira. Na boca, nos reserva a maior surpresa: trufas de chocolate com cerejas, em meio à alcaçuz e baunilha, que perduram por um bom tempo, revelando um final longo e persistente, como deve ser.
Mesmo sendo um vinho feito sob as rigorosas regras impostas pela sua denominação de origem protegida (Primitivo de Manduria – DOP), é um vinho moderno, feito para agradar o concorrido mercado americano e não faz feio: Não a toa, é considerado pro muitos, como o melhor Primitivo de todos os tempos!
Este vinho pode ser encontrado na www.viavini.com.br ou pelo tele-vendas (11) 5042-3209 (Sheyla
Malickas), por R$ 188,00.
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