19/12/2015 às  19:58

Suzanne, Malala, Ruth e Alex e Partisan

Documentário sobre Malala chama a atenção por seu realismo


 Suzanne, de Katell Quillévéré com Sara Forestier, François Damiens, França, 2013. O filme deixa duas mensagens nítidas; a primeira diz respeito de que não se pode fugir de determinadas decisões que 
tomamos, ou seja, pra tudo existe causas e consequências; e a segunda mensagem importante da obra fílmica é: Jamais engane sua própria natureza, porque no final de tudo ela que dá as cartaz. 

   Leia sua natureza como seu instinto de fazer e querer as coisas. Pois bem como protagonista temos Suzanne, uma menina que engravida aos quinze anos e aos dezessete se manda com um affair. 

   Quando volta vê que seu filho não está mais com seu pai, mas foi adotado e agora ela não teria direito 
nenhum pelo moleque. É importante frisar que ela só volta porque é pega e  presa pela polícia roubando casas com o seu affair, que esperto se livra da lei e deixa sua gata sozinha. 

   Quando mencionei que não podemos fugir dos nossos instintos quis dizer exatamente sobre nossa 
protagonista. Oras, ela poderia muito bem não querer mais o cara que deixou ela ser presa, mas o instinto é mais forte e ela cai nos braços do malandro novamente. 

   O filme tem uma pegada visceral quando narra esse  romance perigoso que é mais forte que a razão da protagonista. A obra fílmica nos instiga a pensar em liberdade, em viver livre pelo mundo sem
 dar satisfações a ninguém, mas que tudo tem seu preço; cedo ou tarde. 

   Belo filme, principalmente pelas movimentações de câmeras que temos nas cenas quando a protagonista vai correr o mundo, e também pelo fato da obra poder ser real, ou seja, onde qualquer um poderia estar na pele da protagonista. Agora é somente um quesito de quem quer pagar pra ver e 
tomar as causas e consequências da sua decisão de ligar o dane-se ao mundo. 
                                                                     ******
    Ruth e Alex, de Richard Loncraine, EUA, 2015. O casal nova-iorquino se vê em meio de uma crise conjugal em plena entrada das suas terceiras idades. 

   Tal crise tem como metáfora a sua cachorrinha Dorothy , que através de uma tomografia de mil dólares , é diagnosticada  com algumas vertebras em sua coluna de canina idosa de dez anos, idade essa igual ao dos seus donos, visto que a cada um ano canino corresponde  a sete dos humanos. 

   O filme é rodado praticamente dentro do imóvel que o  casal pretende vender para comprar outro um pouco mais longe de um túnel barulhento de Nova Iorque. Formado por um pintor e uma comerciante, o casal tem dificuldades em vender o imóvel, por um não querer se desfazer do bem, no caso o pintor, interpretado pelo atorzaço Morgan Freaman, em contraposição da atriz Diane Keaton que fazia o papel
 da Ruth, e queria vender o imóvel a qualquer preço. Um típico filme estadunidense que é salvo pela atuação dos seus atores.
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    Malala, de Davis Guggenheim, EUA, 2015. Sabe aquela garotinha que  sofreu um atentado dos Talibãs em um ônibus escolar no Afeganistão? Pois então, é ela mesmo: A Malala que após o acidente virou estrela e até ganhou o prêmio Nobel da Paz. 

  O documentário mostra este trajeto desta menina que resolver “peitar” o Talibã, propagando que meninas, como ela, teriam direito a ir à sala de aula e tentar um futuro melhor. Hoje Malala e sua família afegã Yousafzai, mora em Londres, bem longe da sua terra natal. 

   O documentário é interessante porque o diretor tem o desprendimento em ligar sua câmera e deixar a Malala falar por si só, como ela é, e como ela era, inclusive abordando o seu déficit na fala por ter tirado de sua cabeça uma bala dos covardes talibãs no ataque ao ônibus escolar. 

   No mais temos belas cenas de animação para narrar os episódios mais importantes desta garotinha de doze anos que já fez sua parte para um mundo melhor. Estratégico o documentário por ter sido 
feito pelos EUA? Possivelmente sim, mas ainda assim ou talvez por isso trata-se de um comovente filme. 
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  Partisan, de Ariel Kleiman, Austrália, 2015. O filme foi selecionável para a competitiva do festival de Sundance, nos Estados Unidos, no início deste ano. 

   A obra fílmica é estranha do início ao fim;  Como pai de um enorme contingente de filhos e com três esposas morando praticamente no mesmo teto, temos um homem, interpretado por Vicent 
Cassel, que era envolvido com algum tipo de negócio ilícito. Não fica muito claro que negócio era, apenas o homem recebia algumas visitar de um outro senhor gordo e sujo, que trazia consigo um saco para esconder sua vasta barriga, saco este que o emaranhado de pivetes logo pegava e ia brincar com terra. 

    Claro que no saco não tinha só terra, talvez algumas armas, aliás esse é o nosso único elemento ilícito que vemos no filme: Armas, muitas delas de modo que os filhos mais velhos desde muito  pequenos já tinham uma para chamar de sua, então podemos concretizar que o pai, de pelo menos uma dúzia de filhos, era um comerciante ilegal de armas. 

   O filme vai se arrastando com esta família atípica até que um filho se revolta com o pai por matar uma galinha para o almoço daquelas tantas bocas. Assim como do nada, o primogênito pega sua pistola e sai 
assassinando a esmo pessoas que perguntavam apenas pelo seu nome. Supõe-se que as tais pessoas assassinadas pelo garoto sejam inimigo do pai ou o garoto de fato seria um sociopata, que inclusive chora. 

   Mas voltando a trama o segundo filho mais velho se tranca no galinheiro para que ninguém pegue mais nenhuma galinha pra matar (Seria já uma deixa do  diretor em imaginar que esse menino sabia que tinha um irmão sociopata e  então quis proteger as galinhas?);

    Fato é que o filme de tão mal construído que o garoto do galinheiro diz que vai embora e nunca mais
aparece no filme, sumindo da vida da família e do suposto irmão assassino. E o filme continua com o garoto matando a esmo e ainda assim chorando nas festas familiares; O filme deixa a desejar no aspecto mais importante, que é seu roteiro.


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