22/11/2015 às  11:43

45 ANOS, o drama da existência humana na tela

Para contato com BERNI: diogoberni@yahoo.com.br


 45 anos, de Andrew Haigh, Reino Unido,2015. Com uma fotografia mais que espetacular de outono-inverno dos Alpes suíços, o filme aborda de forma categórica e magistral, que enquanto estamos vivos temos problemas existenciais. Fato este que pode ser entendido como uma forma de tributação para a existência humana. 

   A trama começa quando um casal maduro ou da boa idade, recebe uma carta para reconhecer um corpo, que supostamente o marido do casal reconheceria. Tratava-se de uma ex-namorada do senhor que conhecera ainda muito jovem fugindo da segunda guerra mundial com sua família.

    Relacionamento este escondido, ou melhor, não falado para sua atual esposa senhora. E isto à beira da festa de 45 anos de casamento. Tal carta coloca em cheque uma relação tão longa, porém como mencionei no início da crítica, enquanto a vida à confusão e discórdia.

   O dia a dia vai colocando em cheque à relação e as "cartas" vão sendo colocadas à mesa até o dia da festa dos 45 anos de casamento. 

   Aliás cartas não, mas fotos que a senhora acha no sótão do antigo affair do marido; uma italiana belíssima. Como uma necessidade quase que vital o marido mostra que seu passado ainda persiste vivíssimo em sua mente, e como fora desonesto com sua esposa durante 45 anos, estava na hora de falar a verdade, pois antes tarde que nunca.

    O filme é tocante pelas belas atuações dos protagonistas, inclusive que receberam prêmios por estas, e também tocável ou louvável por nos deixar perceber que não existe idade para remendar problemas ou pendengas do passado.

    Além disso a forma que os atores constroem esse vulgo problema de uma verdade não dita, é que dá toda a diferença na obra fílmica.Um baita filmaço de gente que sabe fazer cinema, e isto englobando todas as áreas técnicas , então o resultado não poderia ser menos que excepcional, imperdível esta fita.
                                                                     *****
   Sem filhos (Sin Hijos), de Ariel Winograd , Argentina, 2015.Esta é a comédia do ano na Argentina. Não irei ser redundante em escrever que as comédias argentinas, assim como outros gêneros fílmicos, dão um banho nos filmes nacionais porque isso não é novidade pra ninguém, entretanto é sempre bom lembrar como estamos para fugirmos dessa rota errônea, e se tratando das péssimas comédias nacionais então, não tenho sem o que escrever tamanho seu nível raso.

   Todavia sobre a comédia número um dos nossos geniais vizinhos, só tenho uma palavra para descrevê-la: Estupenda. 

   Um pai, que tem uma loja de artigos musicais, fica divorciado e na fossa, não querendo se envolver mais com mulher nenhuma, ao menos durante um tempo. Seus amigos encorajam para ter encontros esporádicos com divorciadas, assim como ele, para trocar a fita e a vida continuar girando. Mas o cara anda meio cabisbaixo e nem com os empurrões dos amigos consegue imprimir a primeira marcha. Eis que um belo dia aparece em sua loja uma ex-colega sua de ginásio, belíssima, porém com uma fobia: Odiar crianças. 

   Oras, justo o que o nosso protagonista mais amava, sua linda e esperta filha de nove anos: A Júlia, que inclusive morava com ele. Por uma boa transa o cara armava e desmontava sua casa quando sua agora namorada ia visitá-lo. Em questão de minutos tirava todos os pertences da sua filha infante, e por irritante, para fazer do seu “apê” um local com traços minimalistas decorado por um amigo arquiteto premiadíssimo.

    Correria atrás correria e uma hora a verdade teria que vir a tona, e então sua namorada, quase esposa, descobre que a irmã caçula do seu affair é na verdade sua “adorável” filha. Uma batalha agora é vista entre ambas e nosso protagonista só assiste, assim como nós. Um filme que levanta até defunto, boa pedida.

    


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