28/03/2015 às  14:11

Timbuktu, uma mostra dos costumes islâmicos

Um momento de reflexão e conhecimento de uma cultura que não estamos acostumados a conhecer


Timbuktu, dirigido por Abderrahmane Sissako, Mauritânia, 2015. O filme concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas não levou, entretanto ainda assim trata-se de uma bela obra fílmica. 

    De fato é bem verdade que em certos momentos o filme peca por muito silêncio, mas talvez seja este mesmo um dos trunfos do filme ( o tal silêncio ou a contemplação ), onde estas “não falas” acabavam literalmente falando bem mais que os seus personagens
monossilábicos do filme do país africano. 

   Fato é que não estamos acostumados a ter paciência em assistir filmes contemplativos, e isto se deve talvez ao fato em
termos uma cultura, religiões e trejeitos diferentes dos personagens do filme. Às duas horas do filme se passam em uma cidade desértica e abandonada, e com poucos habitantes. A cidade que tinha o mesmo nome do título da obra fílmica não tinha prefeito, policial, hospital e tampouco escola. 

   As pessoas viviam sob o comando de islâmicos radicais, senhores da lei, e que eram ao mesmo tempo seus médicos, juízes e policiais das pessoas daquela pequena vila arreiada no meio de um deserto com belas paisagens de uma Mauritânia selvagem. 

    Apesar de ser um filme de ritmo lento ou contemplativo, este por sua vez nos pega e prende pelo juízo de valores que os islâmicos radicais impõem aquela população seguindo a risca ou de forma “dúbia” o que estava escrito no Alcorão. Desta forma de pensar deles, obviamente não tive escolha em como não linkar aos inúmeros e cada vez mais frequentes atentados terroristas ao redor do mundo em prol de Alá, sendo como o mais famoso dos atentados recentes terroristas o ataque mortal das principais cabeças do tabloide chargista francês Charlie Hebdou, onde este veículo da mídia impressa, cada vez mais rara por sinal, devido ao
crescimento exponencial da mídia digital, fazia, ou melhor, ainda faz charges sem escrúpulos a qualquer tipo tema ou religião onde o mais importante era , e ainda continua a ser, a liberdade de expressão sem cabrestos que ao longo do tempo da humanidade tanto lutamos para consegui-la. 

   Entretanto opiniões pessoais à parte, fato que o tema “religião” é ainda deveras sensível e até de certa forma dúbio de abordar, pois cada uma das religiões tem as suas verdades intocáveis e quase nem sempre essas tais verdades condizem ou concordam com uma realidade concreta, ou seja, fácil é ler a bíblia ou o alcorão, por exemplo, ao pé da letra, porém difícil é cada vez mais interpretá-las de uma forma sem extremismos ou exageros, e tal consequência dá no que dá ou no que estamos presenciando: Crenças super
extremistas que pouco conseguem captar as verdadeiras mensagens que tais livros sagrados tentam abordar, e não instigar a fatos terroristas ou coisas do gênero,
 Como mencionei religião sempre foi e sempre será um tema com várias interpretações onde somente o bom senso humano poderá resolver essas difíceis e longas interpretações acerca delas, basta então, torcermos para que nós: humanos, tenhamos algum dia um discernimento “justo” para entendê-las. 

   Todavia focando no filme acho que este  acaba sendo uma boa pedida para conferir, pois aborda valores de uma religião pouco
conhecida no Brasil ( especificamente a religião muçulmana do profeta Alá), e ainda por cima tem uma fotografia belíssima do país da Mauritânia. Ainda pra fechar com chave de ouro, o filme nos permite uma boa reflexão acerca do que vimos e por isso ficamos pensando nele por um bom tempo mesmo quando conseguimos tomar coragem e acorda do baque ou choque cultural que acabamos de presenciar na sala do cinema. 

    Um filme africano como Timbuktu se torna, de certa maneira ou de todas as maneiras possíveis, necessário infelizmente para que assim algum dia consigamos um pouco mais compreendermos as religiões e seus costumes. Infelizmente porque essa história poderia ser diferente ou ao um pouco menos sofrível, Todavia um excelente filme, principalmente para reflexão com que
estamos fazendo com nossa própria espécie: a humana.


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