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06/12/2009 às 15:20

DIOGO BERNI COMENTA "CHE 2 - A GUERRILHA" E TRAÇOS DA AMÉRICA-LATINA

Diogo Berni escreve sobre cinema

Diogo Berni

Foto: A blogueira
Bernício Del Toro incorporou a personalidade do lider guerrilheiro
Che 2 - A guerrilha, de Steven Soderbergh 2008, com Benicio Del Toro e uma participação de figurante de Rodrigo Santoro, mostram as últimas estratégias de um Che, que já de certa forma 'incansado' com a vitória de Fidel Castro de Cuba, e agora partindo com seu maior e mais revolucionário ideal: Uma America sul-americana liberta de ditadores, opressores e das influências Americanas.

Depois do filme, dá pra se ter uma impressão precisa 'o porquê' do Che Chevara ser tão amado por tantos até hoje. A estória desse segundo filme, que por sinal foi gravado junto com o primeiro, e mais famoso, e que trouxe mais bilheteria; Se passa com um Che fugindo de Cuba em plena posse de Fidel, para a Bolívia.

De lá, com algumas articulações políticas e militares, por sinais bem pouco eficientes, pelo menos aos olhos do diretor da película, pois filme é assim mesmo: você enxerga a película da forma que o diretor ou roteirista vê, assim como analisamos um livro da maneira que um escritor enxerga, mais com um pouco mais de "abstração", mais de qualquer forma, da maneira do criador do livro, da película, ou seja lá o que for... Ou até mesmo essa crítica do filme vocês estão 'observando-a' da minha forma, mãos é melhor que nada.

O que aconselho é que vocês vão ao cinema ver essa película, pois tem a ver com a nossa estória sul-americana, e como poderíamos ter feito diferente, se não existisse um povo e um país do caralho chamado EUA. do Norte. Bom, voltando ao filme Che 2 - A guerrilha, com algumas articulações políticas e militares, por sinal bem pouco eficientes na Bolívia, Che Chevara tenta treinar jovens daquele país juntos com a 'causa' para lutar contra a ditadura do país.

O projeto não tem muito sucesso na selva boliviana devido às tais articulações políticas pouco eficazes e com um Che já bem asmático, apático, e de certa forma (pelos olhos do diretor, não estava lá na hora...), já um pouco esquizofrênico, o que pode contribuir também com a vitória da ditadura militar boliviana até com uma certa facilidade menos de 300 dias de combate na selva.

Benicio Del Toro realmente incorporou Che Chevara nesta película, perfeito! Fraco quando tinha de ser asmático, esquizofrênico quando tinha de ser em certas cenas na inóspita e seca selva boliviana, líder como sempre foi, em sua maior parte da película e revolucionário como sempre, até nos seus últimos momentos. Uma coisa que foi mencionada me intrigou: na real, Che não era da Bolívia, era Argentino. Simon Bolívar era venezuelano.

Estes dois tentaram a independência de países que não eram seus(exceto Bolívar, que além da Venezuela, deu independência a todos os países da América do sul.). Isto explica que quando a causa é nobre, grande, independe da onde venha os salvadores, os heróis, ou como queiram chamar. O que importa mesmo é agir, e eles o fizeram até o fim das suas vidas. Fazendo uma comparação mais ou menos medonha de revolucionários como Che, Simon Bolívar, Castro e os políticos atuais, se é que dá pra comparar, temos de ter vergonha de Arrudas, filmes do Lula em ano eleitoral e outras "cositas" mais (+), muito mais (+) por sinal! Vida eterna a Che!


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