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BAIANÃO: CLÁSSICO SEM EMOÇÃO, BAVI SOFRÍVEL, 0X0 , p ZÉDEJESUSBARÊTO

O empate não foi nada bom para o Bahia que fez até agora cinco jogos e obteve apenas cinco pontos,
ZédeJesusBarrêto , da redação em Salvador | 17/03/2021 às 20:38
0x0
Foto: REP
  

  Para o Tricolor, seria o jogo da revanche, depois da doída derrota de 1 x 0 no Barradão, pelo Nordestão. Mas a garotada do Bahia – jogou com o time B, chamado de equipe de transição – não conseguiu dobrar a equipe mais rodada, mais dura que o rival pôs em campo. 

   O gol não saiu, a despeito das melhores chances construídas no segundo tempo. Um clássico tecnicamente sofrível, mas não faltou garra de lado a lado, a meninada correu e brigou pela bola todo tempo. Faltou foi mais qualidade, sobretudo nas finalizações. 

  O empate não foi nada bom para o Bahia que fez até agora cinco jogos e obteve apenas cinco pontos, está em 7º lugar, fora da zona de classificação. O Rubro-negro chegou também a cinco pontos, mas tem dois jogos a menos, ambos no Barradão. 

  Os primeiros colocados na tabela do Baianão são: Atlético de Alagoinhas e Juazeirense - ambos com 9 pontos; depois, Bahia de Feira, Vitória da Conquista e Unirb, com 7. 
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Com a bola rolando

 O Bahia com camiseta tricolor e o Leão de branco. A partida começou sob chuva, em Pituaçu. 
 O Vitória começou mais à vontade, dando as cartas, equipe mais cascuda, e o jovem Bahia demonstrando nervosismo, muitos garotos estreando em bavís. Aos poucos foi equilibrando. Marcação cerrada, passes errados de lado a lado, o Vitória matando os contragolpes com faltas, e poucos lances de área. 

 O Tricolor tentava evoluir na troca de passes, o Leão esticava mais a bola e vencia a maioria dos duelos no corpo a corpo. A única chance de gol do Bahia aconteceu aos 47’, num contragolpe pela direita; Marcelo arrancou e já entrando na área, em velocidade, bateu forte, mas pra fora. 

 Uma primeira etapa muito disputada, tecnicamente fraca e raros lances de perigo. 
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  Lua nova bonita apareceu, na abertura da segunda etapa. No intervalo, Rodrigo substituiu o veterano Valter, que pouco apareceu, e pôs o menino Samuel, artilheiro. O Leão voltou aceso, buscando o ataque. 
  Logo aos 3’, Samuel arriscou, fora. Aos 5’, Roberto bateu falta da entrada da área e cobriu o arco de Matheus, assustando.  Aos 8’, a resposta do Tricolor num chute forte de Daniel Penha para defesa de Lucas Arcanjo. 

  Mais espaços, marcação mais frouxa, jogo mais aberto, mais ofensivo. Aos 11’, Pablo deixou Gustavo de cara, ele driblou o goleiro, gol vazio, e o atacante perdeu, bateu pra fora. Foi a chance mais clara de gol de todo o jogo, desperdiçada. O ritmo aumentou e o espetáculo melhorou um pouco. Equilíbrio até por volta dos 30’. 

  Com o passar dos minutos, correria, muitas faltas, o jogo ficou truncado, pegado, com faltas a granel e cartões amarelos (oito ao todo) de lado a lado. O Tricolor cresceu.  Aos 33’, boa chegada do Bahia pela esquerda, Chrystian disparou e Lucas Arcanjo salvou, espalmando. O Tricolor atacava mais. O empate não era bom,  por conta da pontuação e por jogar em casa. O Leão ficou mais encolhido, e sem achar muito espaço pros contragolpes. Bolas alçadas, aquela pressão final do Tricolor mas nada de gol.  Enfim, justo. 
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 Destaques 

- No Bahia, o miolo de zaga seguro, boa marcação do meio campo, Pablo mostrou qualidades. Faltou qualidade ofensiva pra definir.  Gustavo perdeu chance com o gol vazio. Não faltaram  garra, entrega e aplicação dos garotos. 

- No Vitória, esperava-se mais do estreante Valter, de Alisson Farias...  a equipe fez um primeiro tempo melhor, caiu na segunda etapa. Contentou-se com o empate.  

 - Os dois treinadores se conhecem bem, jogaram juntos no rubro-negro, anos 90. Rodrigo era lateral direito e Claudinho atacante.   
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Escalações 

- Bahia : Matheus, Guedes, Gustavo Henrique, Ignácio e Felipinho; Ranielle (Jeremias), Pablo (Caio Mello) e Bruno Camilo (Luis Felipe); Daniel Penha, Marcelo (Chrystian) e Gustavo (Fabrício).  Treinador Claudio Prates, o Claudinho.

 - Vitória : Lucas Arcanjo, Cedric, Mateus Moraes, J. Victor e Roberto (Pedrinho), Gabriel Bispo, Rend (João Pedro), Alisson Farias (Santiago e Maikon Douglas);  Valter (Samuel), Catatau e David. Treinador, Rodrigo Chagas. 

 Arbitragem, Émerson Castro, estreante em Ba x Vis... E a auxiliar Daniela Coutinho, primeira mulher a bandeirar um Ba Vi. 
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Pelo Baianão, próxima rodada, o Bahia vai a Feira de Santana encarar o Fluminense, no Joia da Princesa, domingo, 16h.

O Leão tem jogos atrasados da 2ª e 4ª rodadas, contra o Vitória da Conquista e o Jacuipense. Pela próxima rodada, encara o Bahia de Feira, na Arena Cajueiro, dia 31, às 18h.
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 Nordestão  
- Com sua equipe tida como principal, o Bahia recebe o Sport Recife no sábado, 16h, em Pituaçu. 
   No mesmo sábado, às 20h30, o Vitória encara o Sampaio Corrêa, em São Luis do Maranhão.