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GOLEIRO DOUGLAS SALVA BAHIA DE GOLEADA E TRICOLOR ESTACIONA NA TABELA

Veja os comentários deZédeJesusBarrêto sobre esses dois jogos
Da Redação , Salvador | 27/12/2020 às 18:52
Douglas foi o melhor em campo
Foto: REP

   Não foi um bom domingo, foi um fecho de temporada/2020 ruim para o time e a torcida do Bahia. Na Fonte Nova, pela Série A, sob o novo comando de Dado Cavalcanti, o Tricolor perdeu por 2 x 1, mostrando alguns bons lampejos do meio para a frente e com outra atuação lastimável atrás, na retaguarda. Não fosse a atuação do goleiro Douglas e seria uma goleada. Mais cedo, em Pituaçu, a equipe Sub-20 também perdeu, e novamente de 2 x 1 (de virada), diante do Vasco, na primeira partida da decisão final da Copa do Brasil, com erros defensivos recorrentes. 

  Contra o Vasco tem jogo de volta, lá em São Januário/RJ e o placar pode ser revertido, a conquista do título está em aberto ...  Já com o time de cima, o principal, a história é outra. A equipe estacionou nos 28 pontos, está entrando na zona do rebaixamento, a defesa baiana já levou 48 gols na competição, é disparado a que mais foi vazada na competição e estamos entrando na 28 rodada. A equipe falha individual e coletivamente, está emocionalmente abatida, entrega os pontos a cada gol que leva, e fisicamente não segura o ritmo competitivo os 90 minutos. 

 Muito trabalho pela frente tem o treinador Dado Cavalcanti que conta com um elenco limitado, sem boas peças de reposição.  O torcedor nunca esteve tão preocupado. De agora para frente cada partida é uma guerra, um combate de vida ou morte.  Um ano quase que perdido.    
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   Com a bola rolando

   O Bahia com sua camisa tricolor e o Inter todo colorado, encarnado. Bastou um minuto e a defesa baiana, pra variar, cortou mal um cruzamento da esquerda - Ernando, de cabeça para frente da área; Edenílson pegou a sobra, de primeira, e Douglas teve de se espichar para salvar, espalmando a escanteio. O Inter veio na intenção de decidir logo, marcando em cima a saída de bola dos donos da casa. O Tricolor encarou.  

 - Aos 35’, Indio Ramirez achou um buraco no miolo da zaga colorada e deixou Rossi de cara com o goleiro; ele perdeu. O jogo até que andava equilibrado, os goleiros sem muito trabalho, daí ...  
 - Gol ! 1 x 0, Inter; Dourado, de cabeça, aos 45 minutos, escorando um escanteio cobrado da esquerda, aberto. Douglas, que pareceu mal colocado no lance, foi encoberto.  

   Cena já vista, repetida. Não é à toa que temos a defesa mais vazada da competição e a maioria dos gols tomados foram por conta de bolas alçadas, em cabeçadas.  
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   Nada mudou no começo da segunda etapa. Para piorar, uma infelicidade:  logo aos 2 minutos, Edenílson cruzou da linha de fundo, pela direita, e a bola bateu no braço de Gregore. O Árbitro nem titubeou: marcou o pênalti. 

 - Gol ! 2 x 0, Galhardo bateu forte, no alto, a bola bateu no travessão e entrou. Aos 4 minutos. 
 Os jogadores do Tricolor mostravam-se desolados em campo, abatidos. Desfavorecidos de tudo. A equipe parecia esmagada em campo. 

  Na sequência, Douglas salvou – digamos que ‘milagrosamente’ – duas chances de gol claras do Inter, antes dos 15’. O Colorado atrás, fechadinho pelo meio, saindo em alta velocidade, com muita força física e com objetividade na frente. Nalguns momentos, parecia um confronto entre uma equipe profissional e outra de várzea, de baba de rua.  Uma organizada, superior tecnicamente, e outra a correr à toa. Um passeio.  

 Sairam Rossi e Alesson, nulidades, para a entrada de Gabriel Novaes e Claysson. Aos 17 min. 

 - Gol ! 2 x 1 , Ramirez, aos 23 minutos, em bela jogada individual, varando pelo meio da zaga gaúcha.  Talento puro. Um gol que poderia dar novo ânimo, pondo o Bahia de novo no jogo.

 O problema é que a defesa tricolor continuava entregando, atrás. Noutra saída de bola defensiva errada, novamente Douglas teve de sair e salvar nos pés do atacante colorado Luis Alberto. Três minutos depois, novamente Luis Alberto ficou de cara com o goleiro Douglas, salvador.

 Depois de várias substituições de lado e lado, o jogo ficou truncado, travado...  Só aos 41’ o Tricolor arrematou, da meia lua, um chuteco, longe do alvo, de Marco Antonio. Aos 46, Fessim chutou rasteiro, o goleiro Danilo espalmou no rodapé. Na sequência, o mesmo Danilo Fernandes salvou de pé o que seria um gol olímpico de Clayson.

  E foi só. 
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  Destaques

  No Bahia, o melhor disparado foi Indio Ramirez, não só pelo belo gol, mas também pelos bons passes, visão de campo, inteligência. Pela garra, Gregore, Nino, Capixaba. Enfim, uma boa atuação de Douglas, o goleiro, evitou uma goleada. 

  No Inter, a zaga bem plantada, Edenílson, Dourado e Patrick esbanjando saúde e jogo coletivo.  
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 Escalações

- Bahia : Douglas, Nino, Ernando, Juninho e Capixaba; Gregore, Ronaldo (Marco Antonio) e índio Ramírez (Fessim); Rossi (Claysson), Gilberto e Alesson( Gabriel).  Treinador, Dado Cavalcanti.
 - Internacional : Danilo Fernandes, Rodinei, Lucas Ribeiro, Cuesta e Uendel; Dourado (Luis Alberto), Edenílson, Caio (Nonato), Patrick e Praxedes;  Galhardo (Abel). Treinador, Abel Braga.
 Arbitragem paranaense, com VAR; no apito, Paulo Roberto Alves Jr (sem comprometer).
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 Já pela rodada 28, o Bahia encara o Grêmio, em Porto Alegre, no dia 6 de janeiro, uma quarta-feira, às 20h30. Cada partida é uma decisão. 
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 Sub – 20 

  Mais cedo, em Pituaçu, sob sol e calor escaldante, o Bahia perdeu de virada (1 x 2) para o Vasco , no primeiro jogo da final da Copa do Brasil Sub-20.  Ficou mais difícil, mas nada perdido.

  O Tricolor abriu o placar, aos 15 minutos, após cruzamento largo de Borel, da direita, e bela jogada individual de Tiago (artilheiro da competição, 6 gols), driblando o marcador e tocando de bico na saída do goleiro. Mas o time carioca virou pra  2 x 1, no final da primeira etapa, com um belo gol coletivo em tabela pelo meio (Pectri, aos 43’), e outro já nos acréscimos, após um erro na saída de bola do zagueiro Gabriel (MT escorou cruzamento da direita, livre). O Tricolor teve chances de ampliar, mas a defensiva vacilou no final.

 Continuou equilibrado na segunda etapa, o Bahia em cima, buscando. Aos 13’, Luis Felipe desperdiçou, livre, de cara. Aos 19’, noutra bela jogada de Tiago, agora pela direita, cabeçada de Gabriel e bola no travessão do Vasco.  O time carioca fechou-se inteiro e picotou o ritmo, travando, fazendo faltas, encerando, ganhando tempo, garantindo a boa vantagem. 
  Alguns jogadores do jovem elenco Tricolor se destacam: o insinuante Tiago, artilheiro, habilidoso; o lateral Borel e os meio-campistas Patric de Luca e Luis Felipe.  Por outro lado, como falam, reclamam e simulam os cariocas ! 

O jogo de entrega da Taça, que decide o título, acontece no Rio de Janeiro, dia 3 de janeiro/ domingo. Os cariocas têm a vantagem mas dá para reverter; não podemos errar. O Vasco joga pelo empate. 
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Série B

 O Vitória, agora na beira do precipício da zona de degola, volta a campo também no dia 3 de janeiro; recebe o Operário, no Barradão, agora a equipe sob o comando efetivo de Rodrigo Chagas, com a missão de salvar o time do rebaixamento, o que seria uma tragédia.