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BAHIA CLASSIFICA NA SULA 0x0 E O VITÓRIA GOLEIA O PARANÁ 1x4

Comentário de ZédeJesusBarrêto para noite de vitórias para baianos
ZédeJesusBarrêto , da redação em Salvador | 01/12/2020 às 23:42
Union Santa Fé 0x0 Bahia
Foto: Comebol

   O treinador Rodrigo fez bem à equipe rubro-negra baiana. Dois jogos e dois triunfos, com o time jogando mais solto, marcando bem, consciente. A goleada de 4 x 1 sobre o Paraná na Vila Capanema dá um alento. É como se, enfim, a equipe tivesse achado um jeito de jogar, mais solidário, objetivo, mexendo-se e evoluindo melhor no gramado. Encaixou, achou o entrosamento. Venceu jogando melhor, com superioridade. 

   O Leão vai a 32 pontos ganhos e chega ao meio da tabela de classificação, afugentando o fantasma da zona de degola; agora, a distância é de mais de 10 pontos. É um alívio, dá mais tranquilidade.   
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   E o Bahia, mesmo sem jogar essa bola toda,  está classificado para as quartas de final da Copa Sul-americana, ao empatar com Unión de Santa Fé, na Argentina (0 x 0), num jogo encardido, brigado e pobre de técnica. Como tinha vencido na Fonte Nova, 1 x 0, o Tricolor avançou. Na próxima etapa, pega o vencedor do confronto entre Vasco da Gama x Defensa Y Justicia. Fora de casa o Vasco empatou (1 x 1); decide em casa, São Januário.  
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Em Curitiba 
 Na Vila Capanema, sem vencer em casa há tempo, o Paraná tentou tomar as rédeas do jogo e impor ritmo desde o começo. O Leão na moita, na espera. O Paraná até chegava mas não finalizava, daí ...    

- Gol ! Vitória 1 x 0, Vico, batendo falta da entrada da área, acertando o canto. Aos 20 minutos. 

  O tricolor paranaense foi pra cima e o goleiro Ronaldo começou a aparecer, trabalhando bem. Aos 31’, por pouco não aconteceu o empate, bola triscando o poste de Ronaldo. Aos 37’, Bressan finalizou livre, forte, de frente, mas cobriu o travessão. O Paraná pondo correria, ofensivo e o Rubro-Negro marcando bem e mascando, sem pressa e sem passar sufoco. 
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 O trinador Micale trocou, pôs sangue novo, e o time voltou para o segundo tempo ainda mais postado na frente, buscando igualar o placar. Mas a primeira boa estocada foi do time visitante: Rend achou Leo Ceará livre na área, pela direita, o atacante encheu o pé mas o goleirão rebateu bem. O Leão marcando bem, quebrando o ritmo do adversário, chegando na frente com maturidade e administrando o resultado, sem sofrer pressão. 
  Aos 22’, Leo Ceará foi lançado em profundidade, nas costas da zaga e foi puxado, derrubado , na linha da grande área inimiga. O árbitro, convicto, apitou o pênalti, que Leo Ceará bateu, seco, firme e no canto, ampliando:  2 x 0 Vitória.   

 - Gol ! 3 x 0, Vico (ou gol contra?), aos 26’. Bola cruzada da esquerda, forte, na pequena área, desviada às redes, Vico no lance com o zagueiro tentando cortar. 

  Um Paraná sem poder ofensivo, dominado. Aos 30’, Mateusinho no lugar de Thiago. Aos 32, Ronaldo salva no chão, o Paraná tentando diminuir. Aos 35, Mateusinho escorou cruzamento de Van, da direita, bola na rede, por fora. Aos 41’, Vitinho diminuiu com umna chute de canhota, rasteiro, da entrada da área, acertando o canto de Ronaldo: 3 x 1. 
 - Virou goleada ! 4 x 1, aos 43 minutos, golaço de Leo Ceará; recebeu livre na área, ajeitou o corpo e bateu colocado, pelo alto, acertando o ângulo de Filipe. 

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   Destaques
   Bom trabalho dos meio-campistas Rend e Lucas Cândido. Vico e Leo Ceará funcionaram bem na frente. Golaço de Leo, o que fechou o caixão. A zaga safou-se bem e Ronaldo garantiu no gol. 
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Escalações
 - Paraná : Filipe, P Henrique, Rafael Lima, Fabrício e João Victor; Jhony Douglas, Meritão, Bressan e Wandson; Thiago Alves e Mateus Matias. Treinador, Rogério Micale.
 - Vitória : REonaldo, Van (Bocão), João Victor, Wallace (Mateus Moraes) e Leocovith; Rend, Lucas Cândido, Thiago (Mateusinho), Frizzo; Vico e Leo Ceará.  Treinador, Rodrigo. 
  Arbitragem pernambucana, Thiago Nascimento no apito. 
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  - Na sexta, 19h, o Vitória recebe o Confiança de Sergipe, no Barradão. 

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  Na Argentina
- A única vez que o Bahia atuou na Argentina foi há 60 anos, contra o San Lorenzo d’Almagro, pela Libertadores. Eles ganharam, 3 x 0, um Sanfellipo maradônico.  Na Fonte Nova o Bahia vencia, devolvia o 3 x 0, mas, no final,  Sanfellipo fez dois e adeus Liberta. O baixinho ‘hermano’ (fazia coisas geniais em campo) terminou a carreira vestindo a camisa do Bahia (1969/71).  

 - Agora, outra história. O primeiro jogo, em Salvador, deu Bahia 1 x 0 Unión. Decisão de vaga nas quartas de final da Sul-Americana no estádio 15 de Abril, em Santa Fé. 
 Bola rolando ... 

 O Tricolor fechadinho, marcando e apostando no contragolpe. Aos 13 minutos, após cobrança de falta, bate-cabeça e lambança costumeiros de goleiro e zaga, quase Zenon abriu o placar pra eles. O time da casa, na raça, tentava acuar, sufocar...   Era preciso sair das cordas. 

 Depois dos 20’, em dois contragolpes bem encaixados, Gilberto perdeu uma chance de cara, e depois, numa metida certeira de Ramon, o mesmo Gilberto entrou livre pelo meio chegou a passar pelo goleiro mas bateu para fora, desperdiçando a grande oportunidade da primeira etapa. 

 Nos últimos minutos, encardiu. Uma entrada forte de Nino, pegando o tornozelo do adversário, na intermediária. Levou cartão amarelo. Minutos depois, d’Ale entrou quebrando o tornozelo de Elber, maldoso, numa dividida no meio campo. Foi expulso. E os argentinos reclamaram muito, cobrando a expulsão também de Nino. O Bahia com um atleta a mais em campo, pois.  
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   O primeiro tempo: Um Bahia fechadinho, garantindo atrás o placar e chegando só na boa. O Unión a alçar bolas na área baiana, a defesa se safando.  Eles jogaram mais no campo Tricolor, mas as duas grandes chances de gol foram do Bahia, com Gilberto desperdiçando.
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  Uma segunda etapa, o Unión com apenas 10 atletas em campo. Esperto, Prates no vestiário tirou Nino (com cartão amarelo e marcado para ser expulso) e pôs o experiente Elias; saiu também Élber, machucado no tornozelo, entrou Clayson. A ideia era assumir as rédeas, trocar passes, valorizar a posse de bola e gastar o tempo. Mas o Unión, na valentia, foi pra cima. O Tricolor apenas suportava. 

  Daniel, aos 18’, no lugar de Mateus Bahia, machucado. Aos 21, numa boa trama, enfim, os  baianos entraram tabelando e Ramon perdeu chance incrível, o goleiro já vencido e a bola batendo no poste. Aos 36, Gilberto entrou de cara, novamente, em passe profundo de Daniel; encarou o goleiro e desviou ... para fora.  Rodriguinho em campo, saiu Edson, também machucado. Uma equipe desfigurada, garantindo o resultado, apenas. 

  O final foi um sufoco, pressão total dos donos da casa, precisando de um gol. Até fez o gol, aos 48’, depois de uma blitz, mas a arbitragem flagrou impedimento, claro, confirmado pelo VAR. 

  Bahia classificado. 
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 Destaques

 O lateral Mateus Bahia cresceu muito. Ramon está ganhando espaço no time titular. Juninho firme; Gregore, Edson e Rossi pela garra, Daniel sempre  qualificado quando entra na segunda etapa; Gilberto perdeu três chances de gol incríveis. 
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 Escalações:

 Unión : - Moyano, Venra, Blasio, Galván e Corvalin; Nardoni, Leyes e Carabajal; Luna, F. Marquez e Zenon.  Azconzabal , o treinador. 

 Bahia : Douglas, Nino, Anderson Martins, Juninho e Mateus Bahia; Gregore, Edson e Ramon; Rossi, Gilberto e Elber.  Claudio Prates, no banco.
 Arbitragem colombiana; no apito, Jhon Ospina. Jovem e seguro.  
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   O Tricolor volta a campo no fim de semana (sábado, 19h), pela Série A/Brasileirão. Na Fonte Nova, recebe o Ceará, osso duro de roer.

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