Esporte

ESSA RÚSSIA virou um espanto e faz 8 gols, ZÉDEJESUSBARRÊTO


Os russos venceram na estreia a Arábia Saudita por 5 x 0. Sim, goleada ! Assim, acumulam seis pontos ganhos em dois jogos, com oito gols feitos, saldo de sete gols
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 19/06/2018 às 21:30
Gigante azrtilheiro
Foto:


  A anfitriã Rússia é a primeira equipe classificada para as oitavas de final da Copa 2018, após vencer o Egito por 3 x 1 no jogo de abertura da segunda rodada, terça feira (19), em São Petersburgo, a bela e fria terra do presidente Putin, à beira do Mar Báltico, ao norte de Moscou. Pelo que não tinha mostrado antes da Copa, essa equipe russa que vemos agora nos surpreende.

   Os russos venceram na estreia a Arábia Saudita por 5 x 0. Sim, goleada ! Assim, acumulam seis pontos ganhos em dois jogos, com oito gols feitos, saldo de sete gols. No Grupo A só quem pode ultrapassá-la é o Uruguai, que venceu o Egito na primeira rodada por 1 x 0 e enfrenta, nesta quarta, a frágil Arábia.  Rússia e Uruguai enfrentam-se no dia 25, certamente decidindo o primeiro lugar do grupo.

 Antes de a bola rolar em gramados russos, nem os próprios torcedores da casa imaginavam que a sua seleção vermelha, uma equipe sem grandes estrelas e que fraguejava nos amistosos,  seria capaz de tal façanha. Com três gols, o meia Sheryshev é um dos artilheiros da competição ao lado do astro Cristiano Ronaldo, gols de bela feitura e com bola rolando. Alguém o conhecia? Assim é o futebol, isso é Copa do Mundo.

 *

  Nem Salah !

  O ‘pequeno faraó’ egípcio, o ídolo Salah (craque do Liverpool), entrou em campo mas nada fez além de bater um pênalti já aos 28 minutos do segundo tempo, quando a partida estava definida, 3 x 0 para os russos. Diminuiu para 3 x 1. Sò.

  A primeira etapa foi murrinha, ruim de ver. Mas a Rússia liquidou nos 16 primeiros minutos da segunda etapa:  fez o primeiro logo aos 2’, gol contra de Fatih; aos 13’, Cheryshev ampliou, escorando cruzamento rasteiro da direita e aos  16’, o grandalhão Dzyuba, um ídolo por lá, fez um golaço, matando no peito uma bola longa que chegou na meia lua, livrando de dois marcadores e batendo certeiro no cantinho, jogada típica de um bom centroavante.

  A Rússia é uma equipe competitiva e eficiente, sem frescuras. Já surpreende e pode chegar nas finais. 

**

  Festa africana  

  Ao meio dia, no estádio do Spartak, em Moscou, a Polônia do astro Lewandowski (do Bayern Munique) e o Senegal de Mané (colega de Firmino no Liverpool) fizeram uma partida dinâmica, veloz, com um convincente triunfo dos africanos pelo placar de 2x 1. Um confronto de duas escolas: a Polônia, do norte europeu, com seu estilo clássico, coletivo, ensaiado; e um Senegal (país do noroeste africano, atlântico, na linha do Saara) robusto, ousado, explorando a velocidade dos contragolpes. Os senegaleses classificaram-se nas eliminatórias africanas invictos.

  Os polacos não viram a bola no primeiro tempo. O 1 x 0 saiu aos 37 min, após arrancada de Niang, um chute do meio-campista ‘motorzinho’ Gueye e o desvio no brasileiro-polonês Thiago Cionek, matando o goleiro. Os poloneses partiram para cima na segunda etapa, mas numa bobeira coletiva, uma lambança entre goleiro e zagueiros permitiu que o veloz Niang roubasse a cena e entrasse ‘com bola tudo’ nas redes, sem marcação: 2x 0. Só aos 40’, no desespero, os poloneses conseguiram diminuir de cabeça, numa bola alçada em cobrança longa de falta.

   Não dava mais. Uma festa senegalesa em verde, amarelo e vermelho tomou ruas e praças de Moscou.  A África está viva. Senegal pinta como favorito no Grupo H.  

**      

   Kagawa japonesa

  Até porque, pelo mesmo grupo, mais cedo, Colômbia e Japão fizeram um joguinho ruim e atípico, com uma inesperada vitória do Japão por 2 x 1, em Saransk.

  O triunfo nipônico se desenhou aos 3 minutos de bola rolando, quando, após uma pane defensiva da equipe sul-americana, na tentativa de evitar o gol, o apoiador Carlos Sanches meteu o braço na bola dentro da sua grande área; o árbitro viu, apontou o pênalti e expulsou o atleta colombiano. 1 x 0, gol de Kagawa, cobrando a penalidade.

  Sem o zagueiro Mina, sem James Rodrigues (baleado, só entrou na metade do segundo tempo e mal), sem o bom Carlos Sanches na meiuca, com a substituição (?) de Cuadrado e um atleta a menos em campo, a Colômbia não aguentou o ritmo constante a aplicado dos japas. Até empatou, aos 38’ da primeira etapa, em falta bem cobrada, rasteira, por Quintero, após uma malandragem do experiente avante Falcão Garcia cavando a infração quase na linha da grande área advesária.  Mas na segunda etapa, aos 27’, Osako testou bem uma bola alçada de escanteio e entristeceu os vizinhos do norte, colombianos.


**

  O pé do Neymar

 Pegam no pé do Neymar de todo jeito, de brincadeira e a vera. De brinquedo pelos seus cortes de cabelo, caras e bocas. Na vera em campo, baixando a porrada quando ele cisma de prender demais a bola e quer ‘omilhar’  (humilhar) o adversário.  Deram-lhe pau os parrudos suíços.  Tanto que o tornozelo direito do craque está inchado e ele nem conseguiu treinar nessa terça-feira. Saindo mancando de um simples bobinho, poupado, acudido, alvo de todas as preocupações e agouros.

  Sim, é no mesmo pé direito operado, mas a lesão nada tem a ver com o tal ‘metatarso’ cirurgiado. É que visaram de verdade o pé, o tornozelo ‘bichado’ dele.  Diria, normal, é assim o jogo lá dentro das quatro linhas, ninguém alisa, e está em jogo uma Copa do Mundo. Ele sabe disso.  Segundo os médicos da seleção, nada demais, ele deve jogar contra a Costa Rica na sexta, mas ...  em que condições?   É vencer ou vencer.