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VASCO 1X1 VITÓRIA, um bom resultado para o Leão, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Vitória tomou empate no finalzinho e defesa do Leão está batendo muito
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 09/03/2017 às 21:52
Vasco 1x1 Vitória, no Rio
Foto:
Com um jogador a menos em campo durante todo o segundo tempo, o Vitória conseguiu um bom empate contra o Vasco na noite de quinta, em São Januário, valendo pela Copa do Brasil, 3ª fase.

Com o resultado, o rubro-negro vai para o segundo jogo, decisivo, (pra semana, no Barradão) com moral e uma certa vantagem de poder até empatar em zero a zero e se classificar para a fase seguinte da competição. Os dois gols foram de pênalti e o Vasco, vaiado pela boa torcida presente, arrancou o empate já nos acréscimos. 

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Bola rolando

O Vasco teve a iniciativa, tentou impor seu ritmo em toda a primeira etapa, jogando mais próximo da área adversária; O Vitória com a nítida proposta de marcar forte, roubar a bola e enfiar para a velocidade dos seus atacantes no contragolpe. As oportunidades de gol foram poucas nos primeiros 45 minutos: 

- Aos 21 minutos, Nenê desbravou pela direita, cruzou na cabeça de Thales, mas Fernando Miguel abafou no cantinho. Aos 30’, ainda o Vasco chegando na pressão, chutando, mas a defesa baiana bem fechada, safou-se de qualquer maneira. Só aos 34’, os baianos chegaram a assustar: Paulinho arriscou de fora, forte, mas errou o alvo. 
No finalzinho, Euller foi expulso após uma entrada no manhoso Kelvin, no campo adversário, tentando matar o contragolpe. O árbitro foi muito rigoroso. Como o lateral já tinha tomado um cartão amarelo, num lance anterior, levou o vermelho, prejudicando a equipe baiana, que retornaria para o segundo tempo com um atleta a menos em campo. 
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O rubro-negro voltou dos vestiários com Géferson no lugar de Paulinho, o treinador Argel tentando recompor o lado esquerdo de sua defesa. O Vasco em casa e com um atleta a mais em campo foi para cima buscando liquidar o jogo, de qualquer maneira. O Vitória jogou com inteligência, marcando forte, defendendo-se com bravura. 
- As chances vascaínas foram poucas. Aos 2’, após ótima jogada de Nenê pela direita, a pelota foi rolada para o meio e Thales, livre, encheu o pé... nas nuvens.

- Aos 8’, Argel enfiou o veloz David, tentando incomodar um pouco a defensiva cruzmaltina, no lugar do inócuo Paulinho. Então, aquele panorama, de ataque contra defesa, começou a mudar, o time baiano equilibrando mais, chegando mais à frente. O treinador Cristóvão trocou o gringo Escudero, apagadão, pelo gringo Escobar, recém-contratado, desambientado ainda. 

- Aí, aos 22’, numa jogada morta pela direita, num dos raros ataques do rubro-negro, Escobar caiu na área pedindo falta de Patrick e abraçando a bola; o árbitro deu pênalti para os baianos, Patrick bateu forte no alto e abriu o marcador: 1 x 0, Vitória. 

A torcida vascaína, nas arquibancadas, começou a se manifestar contra a equipe em campo e contra o treinador Cristovão. Mesmo com um a mais em campo o Vasco não conseguia chegar, não levava perigo ao gol adversário. Os baianos administravam bem a partida sob o comando de William farias e Kanu, guerreiros. 
- Aos 28’, Argel retirou Gabriel Xavier e colocou Ramirez, reforçando a marcação no meio campo para garantir o resultado e ganhar tempo. 

- Pressão total vascaína, desnorteada. Aos 32’, uma cabeçada de Gilberto no travessão e gol perdido, na sobra, por Thales. Aos 40’, saiu Kelvin e entrou Muriki, o torcedor entoou para Cristóvão: ‘Burro, burro!’. 
- Aos 47’, David fez carga nas costas do veterano Nenê, que se jogou inteiro na área rubro-negra e o árbitro deu pênalti para o Vasco; Nenê bateu no canto e empatou: 1 x 1.
De todo modo os baianos saíram com um bom resultado, o empate e um gol fora de casa, o que lhes dá uma boa vantagem para o segundo confronto, decisivo, no Barradão. 

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A despeito do resultado satisfatório, notamos um Vitória muito faltoso, com mais de meios time recebendo cartões amarelos e um atleta expulso. 

Wiliam Farias, pra variar, um monstro, em todos os cantos do gramado, orientando, comandando os companheiros. Kanu soberano na defesa. Zé Wélisson lutador, Kieza, David que entrou bem. Argel trabalhou com inteligência e deu sorte. 

O Vasco ainda tem o veteraníssimo Nenê como destaque. É uma equipe sem flama, mediana. 

O próximo compromisso do Vitória é contra o Botafogo da Paraíba, pela Copa do Nordeste, no Barradão. Jogo da vingança. Foi esse time paraibano o único que derrotou o rubro-negro nesta temporada, em João Pessoa, fazendo 4 x 2.