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COPA DO BRASIL: SERGIPE 0x2 BAHIA em boa partida, ZÉDEJESUSBARRÊTO

O meia Cajá nem viajou a Aracaju com a delegação. Teria recebido proposta para retornar à Ponte Preta (SP) e mostra-se descontente com a reserva no Bahia
ZédeJesusBarrêto , da redação em Salvador | 17/02/2017 às 00:08
Tricolor vence o SE em Aracaju
Foto: ECB
O Bahia fez uma partida inteligente, foi superior tecnicamente, venceu bem o Sergipe (2 x 0) pela Copa do Brasil e segue adiante na competição. Enfrenta, na sequência, o Paraná, em Curitiba. A equipe ganhou seu primeiro jogo fora de casa na temporada e sua defesa continua sem tomar gols. 

Aracaju com ceu limpo, Batistão (Estádio Lourival Batista) nos trinques, cerca de sete mil pessoas nas arquibancadas, quinta à noite, a torcida tricolor marcando presença. Bom trabalho do trio de arbitragem carioca. 

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No giro da bola 

- Desde o começo, vimos um Bahia contido, cadenciando o jogo, e um Sergipe mais fogoso, pondo velocidade, precisando vencer para seguir adiante na competição, jogo único. 

- Zé Rafael realizou boa jogada no meio campo e enfiou para Diego Rosa que ganhou da zaga mas bateu para fora, aos 10 minutos. 

- Aos 18’, o lateral Vicente avançou pela esquerda e levantou para a forte testada do avante Pernambucano, nas costas de Armero; Jean fez grande defesa, espalmando a escanteio. 

- O time da casa mais ofensivo, chegando mais na área tricolor, querendo mais. Os baianos acomodados. 
- Aos 30’, a repetição de uma jogada anterior e quase sai o gol sergipano; cruzamento da esquerda, e Pernambucano testou livre, em cima de Armero, mas errou o alvo.
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Na primeira etapa, o Sergipe, com mais tesão, esteve mais perto do gol, explorando a velocidade pela esquerda, em cima do lateral Eduardo. O Bahia chegou em jogadas isoladas, alçando bolas na área do Sergipe, tentando algumas jogadas ensaiadas de bola parada. Muito pouco. Jean foi muito mais exigido que o goleiro Ferreira. Walace Pernambucano teve as duas melhores chances de gol, de cabeça. O centroavante Hernane apagado, errando tudo, com dificuldade de dominar a bola. Zé Rafael foi o melhor dos tricolores, querendo jogo. 
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- O mesmo panorama na segunda etapa, o Sergipe buscando o gol. Quase faz aos 3’, o atacante entrando livre, a defesa tricolor pedindo impedimento. Tiago e Eduardo salvaram. 

- O tricolor respondeu, aos 10 minutos, com um boa trama pelo lado esquerdo; Renê Jr rolou, Hernane fez corta-luz inteligente e Régis entrou livre para finalizar diante do goleiro: 1 x 0. 

- O time da casa sentiu o golpe e os visitante sentiram-se mais à vontade, trabalhando melhor as jogadas do meio campo para frente. 

- O treinador do Sergipe, trocou três atletas e pôs a equipe toda na frente, buscando reverter o placar. Abriu-se. 
- Aos 19’, Hernane ganhou uma do zagueiro e detonou para ótima defesa de Ferreira; O tricolor em cima, o goleirão deu rebote em outra finalização de Hernane e Diego Rosa ampliou: 2 x 0, aos 23 minutos. 
- Aos 25’, Guto retirou Régis, que fazia um bom jogo mas já mostrava cansaço, e pôs Juninho, fagueiro, para dar mais força no meio campo. Depois, lançou o garoto Kaynan no lugar de Diego Rosa e Zé Rafael, um dos melhores em campo. 

- A equipe não recuou nem perdeu o ritmo, esteve mais próximo de ampliar do que de tomar gols. Gastou o tempo com segurança e experiência , até o final. 

- O Sergipe exausto e entregue, aos 47 minutos ainda deu tempo de Hernane perder um pênalti sofrido por ele mesmo, derrubado pelo goleiro Ferreira, que defendeu a cobrança telegrafada.

Bom e justo resultado fora de casa. 
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Destaques 
- O goleiro Jean, firmando-se, ganhando confiança, seguro; Firme a defensiva, laterais e miolo de zaga; no meio campo, Édson foi melhor que Renê Jr; Régis senhor da camisa 10 e Zé Rafael foi o melhor na frente. Guto agiu com eficiência nos vestiários e substituiu na hora certa. 
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Azedo

O meia Cajá nem viajou a Aracaju com a delegação. Teria recebido proposta para retornar à Ponte Preta (SP) e mostra-se descontente com a reserva no Bahia. Perdeu a posição para Régis. O fato é que Cajá não tem justificado em campo os 300 paus mensais que recebe no tricolor. A Ponte quer sua volta por empréstimo e que o Bahia ajude a pagar os salários do atleta. Onde já se viu? Cajá azedinha essa.
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Jabulanis
Como se não bastassem os jogos seguidos, as viagens, aeroporto, climas e temperaturas diferentes, campos de jogo e vestiários nem sempre adequados... os atletas têm de se adaptar também às bolas do jogo, de marcas diferentes para cada competição: Campeonato baiano, Nordestão e Copa do Brasil. Às vezes nem conseguem treinar com a bola do jogo, a adaptação a elas acontece no decorrer da partida. 
E bola às vezes faz diferença. Lembram-se da ‘Jabulani’ na Copa de 2010? Fez história com suas sinuosidades. 

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