Esporte

LOIRA FATAL levou 7 tiros como punição por se envolver com Bernardo

“Não podemos dar detalhes”, explicou o policial, confirmando que a família de Dayana disse ter recebido telefone de Menor P ‘pedindo desculpas’ pelos disparos.
Veja , SP | 27/04/2013 às 08:17
Dayana Rodrigues, de 22 anos, gosta de se exibir; e Bernardo também
Foto: Veja
Rio -  Loira, corpo cheio de curvas, fã de decotes, vaidosa e namorada de um dos traficantes mais procurados do Rio. Segundo a polícia, este é um pequeno perfil de Dayana Rodrigues, de 22 anos, pivô de ataque de fúria do bandido Marcelo Santos das Dores, o Menor P, que vitimou, além dela, o jogador Bernardo Vieira, do Vasco, com quem ela teria se envolvido no fim de semana. A jovem levou sete tiros no domingo, e o meio-campo vascaíno foi torturado por criminosos do Terceiro Comando Puro (TCP) no Complexo da Maré.

De acordo com a revista Veja, a mulher é mãe de um menino de 6 anos, cujo pai seria um traficante morto. Ela moraria num apartamento na Vila dos Pinheiros, gosta de exibir presentes caros dados por Menor P, como carros, e ganhou uma loja de sapatos do criminoso. Como ‘prova de amor’, prossegue a Veja, ela teria tatuado a letra M no corpo.

Bernardo e Wellington Silva — jogador do Fluminense que teria alertado por telefone Menor P a não matar o cruzmaltino por causa da repercussão que o crime teria no país — foram intimados a depor na 21ª DP (Bonsucesso). Segundo o delegado José Pedro Costa, a irmã de Dayana, Dandara Rodrigues, também será ouvida. Ela viu as vítimas serem levadas para a sessão de tortura.

“Não podemos dar detalhes”, explicou o policial, confirmando que a família de Dayana disse ter recebido telefone de Menor P ‘pedindo desculpas’ pelos disparos.

Bernardo seria ouvido ontem, mas não compareceu à delegacia e remarcou a ida para a próxima semana. Ele foi para São Paulo e usou a internet de um amigo para provar que ‘estava bem’. Na rede social, ele agradeceu o carinho e preocupação dos fãs. A mãe do jogador do Vasco, Joelma Fontes Vieira, também disse que o filho estava ‘tranquilo’.

Sobre Wellington Silva, o delegado quer saber se o lateral-direito do Fluminense, que foi criado na comunidade e ainda tem familiares morando na Maré, teria ‘orientado’ o bandido a desistir do assassinato.

Ainda de acordo com José Pedro, Dayana prestou depoimento quando estava internada. Com medo, ela, baleada na perna e no pé, não voltou para casa após receber alta. O pai dela, Aquiles de Abre, de 56, confirmou que a filha teve um caso com Menor P. “Já teve e não tem mais”. E atacou Bernardo: “Minha filha não teve envolvimento com Bernado. É um jogador safado”.

Sete processos na Justiça

Um bandido articulado, que gosta de falar bonito, amante de estratégias de guerrilha e que vive cercado de comparsas. Na Maré, ou em Senador Camará, Menor P também é conhecido como Astronauta, Astro, Poeta ou PQD.

É um dos cabeças do TCP e tem sete processos na Justiça, sendo quatro por associação ao tráfico e três por homicídio.

Paixão pelas noitadas

A paixão de Bernardo pelas noitadas sempre foi motivo de preocupação no Vasco. São conhecidos seus atos de indisciplina em São Januário, desde pequenos atrasos a desentendimentos com companheiros de clube— como a briga com Chaparro, em um treino no final de 2011— ou até mesmo a choros compulsivos, em público, comprovando a instabilidade emocional.

“O Vasco vai dar todo o apoio jurídico e psicológico necessário ao Bernardo”, afirmou Cristiano Koehler, diretor do clube.