Economia

Copa do Mundo é oportunidade para as marcas, diz Américo Neto

As marcas podem aproveitar a Copa para marcar um tremendo gol junto ao consumidor
Tasso Franco , da redação em Salvador | 28/06/2018 às 18:43
Empresas podem reforçar suas marcas na Copa
Foto: Internet

A Copa do Mundo é um dos momentos mais aguardados a cada quatro anos pelos brasileiros. Apaixonados por futebol, somos um povo que torcemos, nos encantamos e renovamos nossa esperança de mais um título ao ver a seleção canarinho em campo.

Aproveitando essa comoção nacional, o mundial é uma oportunidade única para marcas e empresas marcarem presença junto ao consumidor e renovarem os vínculos. A Copa é um evento com grande força mercadológica, movimentando tanto a engrenagem de bens quanto de serviços em todo o país e aquecendo a economia.

Na Bahia, não é diferente e é extremamente importante que as marcas locais estejam contextualizadas com esse momento para aproveitar a publicidade e o marketing como aliados de seus negócios. Na hora de anunciar ou pensar em ações voltadas para a Copa, no entanto, é preciso ter em mente que existem algumas restrições.

Isso porque a Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) detém os direitos sobre determinadas palavras e imagens. Expressões como Copa do Mundo, Copa 2018, Rússia 2018, Copa do Mundo da FIFA Rússia 2018 são marcas registradas e só podem ser utilizadas pela FIFA e seus patrocinadores.

O emblema oficial da Copa do Mundo, mascote, troféu, tabela de jogos, pôster oficial e identidade visual das competições também são domínio exclusivo da Fifa e parceiros por ela autorizados. Seu aparecimento em outras divulgações pode ser considerado infração e multas multimilionárias podem ser aplicadas.

Apesar disso, existem várias alternativas para atrair consumidores e alavancar as vendas nessa época do ano. Uma delas é a criação de propagandas com mote alusivo à Copa, explorando as cores verde e amarela e vocabulário que remete ao imaginário do futebol, competição e torcida, sem usar claro as expressões patenteadas.

Outra é a criação de ofertas especiais para o período como promoções de produtos, o que é feito pelas redes de varejo de eletroeletrônicos, com descontos na compra de TVs, por exemplo.

Além disso, há o chamado marketing de experiência, que consiste em, além de estar alinhada com o público e satisfazer necessidades, proporcionar experiências agradáveis. Por exemplo, uma marca que crie um lugar exclusivo para o consumidor assistir aos jogos e torcer pela seleção, interagindo com outros torcedores.

Ações no meio digital são outra possibilidade como o uso de layouts com as cores do Brasil em redes sociais e a realização de bolão virtual para os torcedores apresentarem palpites e apostas.

Se o Brasil vai ser hexa, ainda é cedo para dizer. Mas que as marcas podem aproveitar a Copa para marcar um tremendo gol junto ao consumidor, isso é mais do que garantido.

Américo Neto é presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade, seção Bahia (Abap-BA)