Direito

Militar FAB da comitiva Bolsonaro é preso na Espanha com 39k cocaina

Militar da Aeronáutica que dava apoio à comitiva de Bolsonaro foi preso na Espanha com 39 quilos de cocaína em 37 pacotes
El Periodico , Espanha | 26/06/2019 às 12:59
Modelo de avião de apoio da comitiva de Bolsonaro
Foto: FAB

A Guarda Civil deteve um soldado brasileiro, integrante da delegação que acompanhava uma viagem ao Japão ao presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, quando detectou no aeroporto de Sevilha uma mala com 39 quilos de cocaína que supostamente lhe pertencia. Depois de passar a noite preso na sede da Guarda Civil Montequinto, o tribunal de guarda dever que ele ordenou a entrada em custódia sem fiança sargento preso, que está sendo investigado por um suposto crime contra a saúde pública, de acordo confirmar fontes do Superior Tribunal de Justiça da Andaluzia (TSJA).

Fontes da investigação relataram que os militares, pertencentes ao Grupo Especial de Transporte da Força Aérea Brasileira (FBA) e com cerca de 37 anos, viajavam com outros dois companheiros em um avião para o Japão, onde o presidente do país planeja participar da cúpula do G20. 

Depois de sair de Brasília, em Sevilha, fizeram uma parada técnica. A aeronave, que seria a que o líder usaria como reserva, funcionava como um "posto avançado" da delegação do presidente Bolsonaro, e previa-se que os dois aviões chegariam ao país asiático na quarta-feira.

Assim que aterrissaram em Sevilha ao meio-dia de terça-feira, passageiros e malas foram submetidos ao controle policial obrigatório no aeroporto, algo que a pessoa presa não deveria saber, que não tinha proteção diplomática. A surpresa saltou para encontrar os agentes escondidos em uma mala de 39 quilos de remédios divididos em 37 pacotes. A mala foi rapidamente identificada como propriedade do militar, que foi imediatamente preso e acusado de um crime contra a saúde pública.

O presidente Bolsonaro confirmou a prisão por meio de suas redes sociais, nas quais ofereceu a colaboração do Ministério da Defesa de seu país e assegurou que, se a notícia for verdadeira, os militares "serão julgados e sentenciados de acordo com a lei".