Último programa da série as dicas do Seramov no canal do YouTube. Em outubro começa a série "A Cadeira e o Algoritmo"
Tasso Franco , da redação em Salvador |
20/09/2021 às 17:07
Jornalista Tasso Franco, 76 anos, e o tempo
Foto: OG
Olá meus queridos amigos e amigas, no programa de hoje vamos falar sobre o Tempo, Tempo Rei. Concluir a série que estamos fazendo há 2 anos - As Dicas do Seramov - as cinco flechas douradas e certeiras e partir agora para um outro projeto sobre as novas e as velhasa tecnologias intitulado - A Cadeira e o Algoritm. E hoje então estamos fazendo a gravação do último programa desse ciclo, das dicas do Seramov, e vamos abordar um dos temas mais complexos que existe na humanidade que é o tempo.
Existem milhares, milhões de definições e livros, peças de teatro, filmes, quadros audiovisuais, vídeos sobre esse tema. Deve ser o mais abordado na humanidade. Existem também centenas de definições religiosas, filosóficas w poéticas sobre o tempo. A que eu mais gosto chama-se “Tempo Rei”. Não adianta, chega para todos, o tempo.
Charles Darwvin escreveu o livro “A Origem das Espécies” que é um dos livros mais importantes da história da humanidade porque define exatamente o que é humano, o que é o ser humano e a evolução das espécies. Animais, vegetais e nós seres humanos. Ninguém escapa, todos nós estamos subordinados ou limitados dentro do tempo. Não adianta querer modificar esse cenário porque é como próprio cientista inglês disse “A evolução é natural e as transformações dos animais, das plantas e do homem, ela também vai se processando naturalmente".
Então nós estamos abordando este tema para fechar ciclo do Seramov, das dicas do Seramov e lembrar aqui uma música que eu gosto muito, do Cazuza, que fala exatamente sobre isso “O Tempo Não Para”. Essa geração mais nova talvez não lembre do Cazuza mas nós lembramos muito bem dele quando dizia que: - Mas se você achar que eu estou derrotado/ saiba que ainda estão rolando os dados/ porque o tempo/ o Tempo Não Pára/ dias sim, dias não, eu vou sobrevivendo sem um arranhão/ da caridade de quem detesta/ a tua piscina está cheia de ratos/ tuas ideias não correspondem aos fatos/ e o Tempo Não Pára, não para.
Eu digo que cada qual tem seu tempo, curta o seu tempo e não fique de braços cruzados aguardando o tempo que não vem, nem se lamentando o que não volta. Passou meu amigo, passou, não volta mais. Ninguém consegue recuperar oportunidades perdidas. Se você tem que fazer alguma coisa, faça, não postergue, não deixe para o outro dia, não deixe para amanhã, faça, porque o cavalo só passa selado uma vez e quando passar selado você tem que montar. Não passa duas vezes no mesmo luga. É muito difícil mesmo. Você fica se lamentando “eu perdi aquela oportunidade", "eu devia ter feito"... não adianta, tem que aproveitar o momento, essa é que é a realidade.
O Simonedes de Ceo, que foi um poeta arcaico - olha só como esse tema é complexo - do século V a.C. portanto tem dois mil e seixentos anos, dizia que “o tempo tem dentes afiados e que destrói tudo”. E um outro filósofo da mesma época dele, porque no século V a.C. foi importantíssimo na Grécia, que gerou esses filósofos, esses poetas que pensaram essas coisas; disse que “o tempo destrói até nós mesmos”.
Então eu vou dar aqui as cinco dicas da mão do Seramov, encerrando esse ciclo, para vocês se orientarem, se quiserem, e não quiserem tudo bem, lembrando que como diz o Cazuza, o Tempo Não Para.
A primeira delas é de asas ao tempo e deixe ele fluir naturalmente. Viva pois seu tempo, o aqui e o agora. Não deixe para amanhã. Pegue na hora. Você tá vendo gravando aqui, daqui a pouco passou. Então não deixe para amanhã as coisas e não se preocupe com a fluidez do tempo, que chega para todos.
Segunda dica, importantíssima, não ligue para o que os outros pensam de você. O tempo engole tudo ó. O que as pessoas acham de você hoje, daqui a um ano, dez anos, mudam de opinião. Então não se preocupe com o que pensam de você, siga a sua vida.
Terceira dica, evite polêmicas desnecessárias durante sua vida. É uma perda de tempo enorme. Quantas vezes a gente diz assim “poxa, perdi um tempo enorme com aquele debate inútil” entendeu. Então racionalize, não perca tempo com bobagens.
Quarta dica, a maioria das teses sobre a vida são inúteis ou completamente dissociadas da realidade. Não se paute por elas. Tem muita teses, doutorados, não sei que, e que não servem para absolutamente nada. A não ser para currículo. Vá pela sua vida, vá pela prática da sua vida, pelas coisas simples da vida.
E a última dica é viva o Tempo Rei. Hoje eu me olhei no espelho, vi que o tempo passou mas eu to assim numa alegria enorme, penteei até o cabelo, ajeitei... é isso, Viva o Tempo Rei.
