Zorth mostra a Anna que quem manda na alcateia é o todo poderoso
Tasso Franco , da redação em Salvador |
20/04/2021 às 10:07
Júlia caça uma perdiz e Zorth uma jaguarandi
Foto: SERAMOV
O jornalista Tasso Franco publicou nesta terça-feira, 20, o 29º capítulo do seu novo livro "A Prometida de Zorth - o alfa supremo" falando da primeira transformção de Júlia em loba e uma caçada na mata. Veja abaixo e os demais capítulos no wattpad.
Capitulo 29
JÚLIA FAZ A PRIMEIRA CAÇADA COMO LOBA NA MATA FLAMEJANTE
Assim que Zorth voltou da lua de mel um espião lhe contou o encontro de Anna com Júlia e alguns detalhes. Disse que se tocaram e se beijaram profundamente. E que depois elas saíram do barzinho e foram para um motel.
Zorth fechou a cara. Daria o troco na cara de Anna para ela sentir que, quem manda na alcateia era ele embora já estivesse na sua, casado.
Convocou o beta Theo para uma reunião e determinou que na lua crescente, ele, Anna, Júlia e Theo fariam uma caçada na mata. Seria a estreia de Júlia como loba caçadora, era um bom argumento.
Theo convoca Júlia:
- Zorth lhe chama para um jantar na mata na próxima semana, lua crescente.
- Quem ele pensa que é! Meu dono?
- Se é seu dono não sei. Problema de vocês. Agora, um convite do alfa não se rejeita, não se coloca em dúvidas.
- Vai ser só eu e ele?
- Vamos todos. Eu, você, Anna e Zorth.
Júlia desconfiou temendo que Zorth já soubesse de sua relação intima com Anna e disparou: - Ele quer fazer alguma vingança contra Anna.
- Relaxa anjo. Nem sei do que estás falando.
- Você sabe a zorra toda porque aqui tudo se sabe. Há espiões em tudo que é canto. Até embaixo de camas de motéis, putz. Não se pode ter vida privada.
- Combine com a Anna e no dia marcado sairemos lá de casa.
- Eu não sei onde é sua casa. Você nunca me disse.
- Você tá chegando agora à alcateia. Anna sabe onde moro. Vai saber através da Anna.
A casa de Theo:
No dia combinado Anna e Júlia chegaram à casa de Theo. Júlia achou a casa - um chalezinho na mata - linda. Parecia que estavam na Suiça.
- Aconchegante hem! Cara – disparou para Theo assim que entrou no chalezinho.
- Coisa de pobre. Dá pra viver confortavelmente.
Sentaram-se numa imensa poltrona na sala.
Júlia vota a falar:
- Cadê o todo poderoso? Perguntou por Zorth.
- Está chegando, disse Theo.
Anna experimentava um energético. Theo tomava um uísque com bastante gelo. Júlia pegou uma água de coco na geladeira.
Em instantes ouviu-se o ronco de um motor em frente ao chalezinho. Era um Mustang preto. Dele saltou Zorth com roupa casual, lindo. Theo abriu a porta do chalé para ele entrar e cumprimentaram-se com toques de punho.
Beijou Anna com selinho e também deu um selinho em Júlia sussurrando em seu ouvido: - Sumida.
Júlia sorriu. – Gaiato o rei.
- Sumida e orgulhosa, completou Zorth que parecia apressado. Sentou-se, conversou um pouco e tomou um drink leve. Depois convocou:
- Vamos à caça na mata, disse o senhor do bosque.
Saíram por uma porta de fundos do chalezinho e entraram na mata.
Mais adiante, num local mais escuro e com árvores secas se transformou. Se Júlia já era encantada com Zorth quando viu aquele lobo cinza claro olhos verdes, músculos fortes, disse consigo mesma que era algo esculpido por Zeus. Lindo-lindo de morrer.
Em seguida os três de transformaram. Theo era um lobo branco, do Ártico, menor que Zorth; Anna uma loba elegante, parda; e Júlia, lobinha também cinzenta do Norte gelado como Theo. Até nisso se pareciam.
O alfa uivou e começou a caça. Ia na frente, farejando, passando o focinho no chão. Por ser inexperiente, mas, ágil como flecha, Júlia imitava Zorth e também passava a ponta do focinho no chão, corria em círculos e testava sua capacidade de Artemis, caçaria uma perdiz. Foi a determinação de Zorth. A essa altura, Theo perseguia uma raposa em zig-zag com cobertura de cerco de Anna. E Zorth encurralava uma jaguarandi ou onça de bode num canto e estendeu suas garras sangrando seu pescoço.
Comemoravam. Júlia foi bem sucedida na perseguição de uma perdiz e trazia presa na boca.
Com suas caças apreendidas acomodaram-se na beira de um laguinho e jantaram com voracidade, como se estivessem com fome há algum tempo. A loba de Júlia esmagou a perdiz numa bocada só. Os ossos do animalzinho quebrando em seus caninos. Zorth devorou a oncinha mestiça. Depois foi a beira do lago e limpou o focinho, o mesmo fez Anna. A pelagem deles eram cinzas claras e sujaram um pouco.
Satisfeitos, barrigas cheias voltaram para a casa de Theo. Na subidinha do chalé se transformaram em humanos e entraram em casa para um drink.
Sentaram-se na poltrona e ficaram conversando e assistindo TV. Em 30 a 40 minutos Júlia deu vontade de fazer xixi e pediu licença para ir ao banheiro.
Zorth a seguiu. Theo e Anna o observaram levantar calado e ir na direção de Júlia.
Na saletinha de acessos aos baños Zorth pegou Júlia pelos cabelos e trouxe seu corpo para colar com o seu. Ela sentiu o abraço forte. Não resistiu e sugou a língua de Zorth. Os dois passaram pela sala abraçados onde estavam Anna e Theo e ela apenas comentou:
- Vou usar sua alcova bro por instantes.
A alcova trepidou. Ninguém dizia nada. Gemidos altos. Consentimento. Uma agarração de raios e trovões, a mais cinematográfica que aquela alcova já vira.
Da sala, Anna e Theo só ouviam frases como my love eterno, penetra, invade em mim com volúpia, com vontade.
Uma hora depois Theo se despedia dos três na sala pegava seu Mustang e partia. O homem lobo estava com as orelhas em pé, o recado tinha sido dado a Anna. Quem dominava Júlia era ele e fim de papo.
Theo dormiu no chalezinho.
Júlia e Anna voltaram para a Serra, caladas, mudas, sem dizer palavra.
Terminariam o romance promissor nascente?
No íntimo não sabiam. Por isso mesmo foi uma viagem de retorno de contemplar apenas a lua e nada mais.
