Cultura

A CHEGADA DE FOBA NO CÉU CANTADA POR DÔDO E ZIFIRINO CATINGUEIRO

Ao destinos de todos os humanos habitantes da terra
Tasso Franco , da redação em Salvador | 09/07/2019 às 17:55
Renatinho e Folba, em 2010
Foto: BJÁ
  Narro com minha o saber de minha modesta pena e olheiros que tenho no espaço como se deu a chegada de Foba na porta do céu sendo recebido por São Pedro, dono das chaves e eterno guardião do templo celestial, Renatino, Dodô de Zé de Maninha e o poeta Zeferino Catingueiro.
 
   São Pedro mandava chuva pra Serrinha, sem parar, quando Foba bateu à sua porta, na noite de ontem, depois de receber as devidas homenagens de seus conterrâneos em sua passagem pela terra. E, ao dar dois toques na porta do céu, São Pedro olhou pelo visor quem era o novo hóspede e mandou entrar.
 
   Florisvaldo Freitas, o Foba, era tão bondoso, dessas criaturas que não matam sequer uma barata, que não ofedem o bispo; muito menos a madre, que só pregou a bondade, que foi simples, amigo, querido e só fez o bem, que outro caminho não poderia ter. Daí toda a elegência de São Pedro em abrir a porta do céu. 

   E, sem surpresas, estavam para recebê-lo, certamente São Pedro os vonvidou, companheiros de antigas jornadas da Serra, o poeta Dodô De Zé de Maninha e seu violão, Renato Nogueira Filho, o Renatinho, e Zeferino Catingeiro, desconfiado como sempre, o qual assim cantou em singela quadra:
   
   Seja bem vindo meu amigo/ Aqui é só alegria e contemplação/ Estamos aguardando sua cerveja gelada/ Dodô que é bom de voz trouxe até o violão.
   
   São Pedro olhou de soslaio, mas, conhecendo bem essa turma da Serra até incentivou que Dodô cantasse uma prosa e este cantou a bela canção de Zé Ramalho: Mãe, tire o distintivo de mim/Que eu não posso mais usá-lo/Está escuro demais pra ver/Me sinto até batendo na porta do céu/Bate, bate, bate na porta do céu/Bate, bate, bate na porta do céu
  
   Foba então pediu licença a São Pedro adentrou no céu e o santo das chaves orientou para que caminhasse até a área da turma da Serra onde estão vários conhecidos seus. 
   
   Renatinho interveio cochichando ao pé do ouvido de Foba se ela havia trazido a mais saborosa cerveja gelada da Serra e este lhe disse que já havia fechado o bar, Sêo Didi tomou-lhe o ponto, e iria se dedicar a meditação divina.

   Zeferino Catingueiro arrematou: Já que não trouxe a cerveja gelada/ A gente não fica chateado nem um pouco/ Dodô vai convocar Deuilson/ E nós vamos tomar uma cachacinha com coco.
   
   E assim, ao som do violão de Dodô, a prosa de Renatinho, a cachacinha levada do bar de Zé de Souza, a picardia de Deuilson e os versos de Zifirino Catingueiro, Foba chegou a sua nova morada.