Cultura

ABERTA EXPO sobre riscos e danos da politica mineral, na UFBA

De 17 a 20 outubro UFBA
Zoraide Vilas Boas , Salvador | 17/10/2017 às 11:58
dE 17 A 20 DE OUTUBRO
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A exposição itinerante DO RIO QUE ERA DOCE ÀS ÁGUAS DO SEMIÁRIDO: CONTRADIÇÕES DO MODELO MINERAL do Comitê Nacional dos Territórios Frente a Mineração será apresentada na Biblioteca Central da UFBA, no campus de Ondina, de 17 a 20 de outubro, das 9 às 20h, como atividade do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão da UFBA. A mostra reforça o debate nacional sobre os efeitos perversos da mineração no Brasil a partir da maior tragédia da história do país provocada pela Mineradora Samarco, na região de Mariana (MG).  

O rompimento da barragem do Fundão, que matou 19 pessoas e deixou centenas desamparadas, vai completar dois anos de sofrimento em 5 de novembro próximo, sem que as vítimas da mineradora  tenham seus direitos reconhecidos pelo Estado Brasileiro e pela Justiça. Ao contrário. Nem uma das 38 multas aplicadas pelo Ibama foi paga.  Duas ações criminais contra dirigentes da empresa foram suspensas, enquanto dezenas de ações penais e administrativas enfrentam prazos e recursos judiciais, prolongando indefinidamente os efeitos socioambientais da catástrofe, que partindo do distrito de Bento Rodriques contaminou o meio ambiente da Bacia do Rio Doce ao Oceano Atlântico. 
           A exposição já passou por São Paulo (SP), Belém (PA), Açailândia e São Luís (MA), Caetité (BA) e estará em Salvador na Biblioteca Central da UFBA, na Praça das Artes do campus Ondina.  É composta de maquetes, fotos e infográficos sobre a mineração em diversos estados, incluindo rodas de conversa e debates sobre os impactos do modelo mineral brasileiro, em especial a contaminação das águas. Traz como destaque a tela O Rio que Era Doce, de 14 x 3 metros, da artista plástica argentina Leila Monségur. A realização na Bahia, é uma iniciativa da Comissão Pastoral da Terra (CPT),  Movimento pela Soberania Popular da Mineração (MAM), Grupo de Pesquisa GeografAR (UFBA) e Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania, com apoio da CESE e outras entidades. A programação completa será divulgada em breve.

             O evento é gratuito. Confira a programação 



EXPOSIÇÃO SOBRE MARIANA: DO RIO QUE ERA DOCE ÀS ÁGUAS DO SEMIÁRIDO: CONTRADIÇÕES DO MODELO MINERAL 
DEBATE E RODAS DE CONVERSA (Biblioteca Central da UFBA) 


17/10/2017 – Terça-Feira  – 09h  - ABERTURA - Movimentos Sociais e Organizações discutem o Modelo Mineral Brasileiro 
Beni Carvalho – CPT-BA 
Lucas Zenha – GeografAR / UFBA 
Moema Miranda - Sinfrajupe 
Magno Costa – MAM 

Tarde – 14h RODA DE CONVERSA - Comunidades e Populações em Conflito com a Mineração na Bahia - Representantes dos municípios de Caetité, Nordestina, Santo Amaro e Simões Filho. 

18/10/2017 – Quarta-Feira – 9h - RODA DE CONVERSA - Saúde e Mineração 
Cláudia d'Arede – Professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho/UFBA
Marco Antônio Rego – Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho/UFBA 
Belmiro Silva dos Santos – Associação Baiana de Expostos ao Amianto (ABEA)

Tarde – 14h - MESA DE DEBATE - Panorama dos Conflitos Minerais 
Guiomar Germani – Geografar/UFBA 
Luiz Jardim Wanderley – Grupo POEMAS e Professor da UERJ 
Magno Costa - MAM 
LOCAL: Instituto de Geociências / UFBA / auditório Yeda (única atividade fora da Biblioteca) 

19/10/2017 – Quinta-Feira – 9h - VISITAS GUIADAS 

Tarde – 14h - RODA DE CONVERSA - Código da Mineração 
Tatiana Dias Gomes – Professora do Direito/UFBA, AATR e CPT.
 
20/10/2017 – Sexta-Feira  – 9h - RODA DE CONVERSA - Mineração e Trabalho 
Lucas Mendonça –Sindimine 
Elisângela Araújo – CUT 

Tarde – 14h VISITAS GUIADAS