Desde que Bell abandonou o grupo, após o Carnaval de 2014, especulava-se que um dos cantores dessas bandas “genéricas” do Chiclete
Mauricio Matos , da redação em Salvador |
13/10/2017 às 20:11
Kill do Patchanka, a um passo da banda Chiclete
Foto: DIV
A banda Chiclete com Banana parece que vai dar sua última cartada para voltar a ter um lugar de destaque no cenário musical baiano. Nos bastidores, a notícia que se tem é que o grupo, um dos maiores expoentes da “axé music’, está trocando, mais uma vez, o vocalista. O jovem cantor Rafa Chaves, que teve a ingrata missão de substituir Bell Marques, parece não ter sido a melhor opção para dar prosseguimento à trajetória de sucesso do ‘Chicletão’. Corre “à boca miúda” que Kill, vocalista da banda Patchanka, irá assumir o posto.
Para quem não se lembra, a Patchanka quando surgiu, no início dos anos 2000, chamou a atenção do público e da mídia pela semelhança do timbre vocal do cantor Kill com o de Bell Marques, chegando, inclusive, a confundir os mais desavisados. Com o disco “Patchanka Ao Vivo” (2002), cuja vendagem ultrapassou a marca das 100 mil cópias, o grupo estreou no Carnaval de Salvador recebendo dois troféus Dodô & Osmar, nas categorias Banda e Cantor Revelação. E só. O que marcou mesmo a carreira da Patchanka foi fato de ter sido uma das primeiras bandas “clones” do Chiclete.
Desde que Bell abandonou o grupo, após o Carnaval de 2014, especulava-se que um dos cantores dessas bandas “genéricas” do Chiclete, como Patchanka e Chicabana, iria assumir os vocais. Na minha avaliação, era o que Wadinho Marques – tecladista, irmão de Bell, e atual líder do grupo – deveria ter feito. Entretanto, ele preferiu dar uma cara nova à banda com Rafa Chaves, opção que o tempo mostrou não ter sido a mais correta.
O chiclete, que já teve uma agenda de shows de causar inveja a qualquer artista brasileiro, hoje amarga um enorme ‘limbo’ e praticamente nem se apresenta mais, inclusive nem participou do último Carnaval de Salvador.
Se confirmada a contratação de Kill, os fãs do Chiclete vão poder ouvir as músicas do grupo com uma voz bem parecida com a que as canções foram gravadas originalmente. Fã incondicional de Bell, Kill nunca fez questão de esconder que canta igual a seu ídolo. ]
Acredito que ele deva se entregar de corpo e alma nas apresentações com o grupo, afinal não é todo dia que um cantor consegue uma vaga na banda que ele admira. Esse fato pode dar uma sobrevida à banda, pelo menos no que diz respeito a shows, e uma “sacudida” na música baiana.
Com o mercado musical praticamente fechado para a ‘axé music’, até mesmo Bell tem feito “das tripas coração” para manter o mesmo sucesso que tinha em seu antigo grupo. Algo difícil de ele conseguir. Para a legião de fãs do Chiclete, espalhada pelo Brasil inteiro, o correto seria Bell e os irmãos apararem as arestas e dar prosseguimento a essa entidade da música baiana chamada Chiclete com Banana. Entretanto, parece que essa solução está muito longe de acontecer. O que resta aos admiradores do ‘Chicletão’ é se contentar com um cantor genérico na falta do original.
