Nas prateleiras da Ecoteca mais de 300 livros recheados de histórias e fantasias serão transformados em cultura a cada linha devorada pelos alunos da Escola Amauri Siqueira Montalvão, no bairro do Jambeiro, em Lauro de Freitas. O projeto desenvolvido pela Rede Educare em parceria com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), foi ofertado à unidade escolar com a assinatura do termo de doação pela prefeita Moema Gramacho, na manhã desta quinta-feira (22). A cidade é a sexta no estado a receber o equipamento que beneficiará os estudantes e a comunidade com acesso a leitura e a recursos audiovisuais.

Além dos livros direcionados para crianças de seis a 12 anos, a Ecoteca dispõe de um acervo de 100 filmes, tela para projeção das imagens e aparelho retroprojetor. Toda a estrutura da cabine foi confeccionada com materiais recicláveis de embalagens Tetra Pac. “Este equipamento me encantou pela simplicidade como foi colocada em prática uma ideia sustentável maravilhosa. Ao mesmo tempo em que damos reuso ao que seria lixo, também produzimos cultura e lazer para a comunidade”, disse Moema. A presidente da Câmara Municipal, vereadora Naide Brito aplaudiu a iniciativa.

De acordo com o secretário da Educação (SEMED) Paulo Gabriel Nacif, a iniciativa é mais um passo para a implantação do projeto Cidade Educadora em Lauro de Freitas. “Parabenizamos a Coelba e a Rede Educare por entender que o processo de transformação educacional e cultural de uma sociedade não é de responsabilidade apenas do poder público e sim de todos nós. Este espaço será bem aproveitado pelos professores que poderão complementar as aulas de maneira mais didática e realista, atraindo o aluno e facilitando o processo de aprendizagem”, destacou Nacif.

A cada recurso apresentado os olhos dos estudantes brilhavam. Apesar de estarem aproveitando o recesso junino, os alunos compareceram em peso ao ato na escola. “Estou ansiosa para desfrutar da Ecoteca. Agora aprender será bem mais prazeroso”, declarou a aluna do 9º ano Adressa Araújo, de 14 anos. A diretora do Montalvão, Tânia Coutinho, disse que as portas da unidade estão abertas para a comunidade. “Esperamos atrair os pais para dentro da escola. Queremos interagir e proporcionar momentos distintos. Utilizar o cinema da Ecoteca para debater questões da terceira idade, adolescência, saúde, e outros temas que sejam de interesse coletivo”, afirmou Coutinho.

Inaugurada na segunda gestão municipal da prefeita Moema Gramacho, a escola Montalvão teve dois turnos de atividades suprimidos entre os anos de 2013 e 2016. “Isso é um crime, ter um colégio como este funcionando apenas um período. Nós vamos reativar os três turnos e um período será destinado ao segundo grau. As crianças daqui não terão que se deslocar para estudar fora, tem que vir estudar aqui”, disse Moema. A prefeita também solicitou a extensão da Ecoteca às outras unidades escolares municipais. “Nós asseguramos que com uma ideia tão boa como essa - e barata - é possível ter em todas as escolas; e é o que faremos”, garantiu.