Cultura

Espetáculo "Compadre de Ogum" tem apresentações no Espaço Barroquinha

A partir do dia 31 março
DP , Salvador | 28/03/2017 às 06:22
Compadre de Ogum
Foto: Leonardo Parente
O Espaço Cultural Barroquinha abriga temporada de um mês de “Compadre de Ogum”, espetáculo adaptado da obra de Jorge Amado, dirigido Edvard Passos, indicado a seis Prêmios Braskem em 2015 e vencedor na categoria Melhor Direção. A temporada começa dentro do Festival da Cidade, com apresentações de 31.03 a 02.04 (sexta, sábado e domingo) com ingressos a R$ 30,00 (inteira)  e R$ 15,00 (meia). Nas apresentações do Festival da Cidade o espetáculo contará com as luxuosas participações da cantora Mathilde Charles  e do percussionista Gabi Guedes. Na semana seguinte “Compadre de Ogum” entra em cena aos sábados e domingos, de 08.03 a 23.03, com ingressos a R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00(meia). Sempre às 19h e sempre no Espaço Cultural Barroquinha.
 
A obra, que já ganhou versão na televisão, em 1994, narra a história do biscateiro Massu das Sete Portas, um homem negro que, com a ajuda de amigos, organiza o batizado na igreja de seu filhinho “galego". Até aí seria pouca novidade se o padrinho da criança não fosse Ogum, que anuncia o batizado dentro da igreja católica. Convivência de credos, diversidade étnica em Salvador e o valor da amizade verdadeira são elementos que permeiam a divertida trama.
 
Sucesso internacional, o espetáculo foi debatido em eventos de peso como a Quadrienal de Praga, a Conferência Anual Federação Internacional de Pesquisa em Teatro, em Hyderabad, na Índia e na Conferência Dramatic Architectures, na cidade de Porto, em Portugal. “Compadre de Ogum” foi pensado para a ocupação de espaços não convencionais e a peculiaridade de ter sido montado para ser realizado fora da caixa cênica – a primeira encenação foi feita na Igreja de Santana no Rio Vermelho – chamou a atenção da crítica especializada e de pesquisadores.
 
“Compadre de Ogum” nasceu para homenagear Salvador e coloca em cena 14 atores, que formam a Aláfia Cia de Teatro de Salvador. “O elenco é um tesouro dessa montagem. Pedras preciosas garimpadas com todo empenho”, completa ele. diz Edvard Passos . “O teatro que eu faço é um teatro de atores.  Quando escolho um elenco levo em consideração a qualidade da resposta em cena. A adequação do perfil”, completa o diretor.
 
O espetáculo tem elenco composto por artistas já consagrados do teatro baiano como Luis Pepeu (Trampolim do Forte, Consciência, 2 de Julho – A Ópera da independência, Los Catedrásticos,  Paixão de Cristo), Zé Carlos Junior (Volpone, Os Iks, Vixe Maria: Deus e o Diabo na Bahia), por Vitório Emanuel (O Vôo da Asa Brancae por representantes da nova geração de talentos Danilo Cairo (Amnésis, Bululu - Prêmio Braskem de Melhor Ator 2016 -, Laudamuco, A Prole dos Saturnos), Daniel Farias (Aventuras do Maluco Beleza, Gastando Amor), Luisa Muricy (Dark Times, Outra Tempestade), Talis Castro (Pólvora e Poesia, Gastando Amor e Aventuras do Maluco Beleza) Leandro Villa (Amor Barato), Amós Heber (Ó Paí Ó) e Everton Machado (Barrela).
 
A técnica conta com nomes de peso como Rodrigo Frota e Hamilton Lima – cenografia, Luciano Bahia na direção musical, Zuarte Júnior no figurino,  Fernanda Mascarenhas e Alisson de Sá no projeto de iluminação  e Nildinha Fonseca na coreografia.O Espaço Cultural da Barroquinha é administrado pela Prefeitura Municipal de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos.