Cultura

ITABUNA: Festival Multiarte Firmino Rocha leva cultura com 73 projetos

Difusão da Cultura em Itabuna
Tadeu Nascimento Souza , Itabuna | 28/09/2016 às 08:12
Encanto da Amazônia
Foto: FICC

Encerrou-se neste domingo (25), no Centro de Cultura Adonias Filho, a nona edição do Festival Multiarte Firmino Rocha, iniciativa desencadeada pelo poder público municipal desde 2001 e assinada pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC). Em sua nona edição, o Festival Multiarte teve 113 propostas inscritas, envolvendo mais de 400 pessoas. Dessas, 73 foram selecionadas para compor a grade de programação e concorreram aos prêmios de R$1,5 mil, R$1 mil e R$500 (1º, 2º e 3º lugares, respectivamente) em diversas categorias.

O festival, que teve a duração de seis dias, foi encerrado com a exposição de artes plásticas, em que 13 artistas figuraram com propostas diversas.  À noite, os trabalhos estiveram voltados para a apresentação do espetáculo teatral “Deus Danado”, estrelado por Bira Freitas e Psiti Mota.

Para Bira Freitas, “a proposta de um festival multicultural é muito boa e a cidade de Itabuna está de parabéns pela iniciativa”, disse o ator, que aproveitou o momento para dizer que esta foi a segunda vez que o espetáculo é encenado na cidade e que, para além da alegria de fazê-lo, estava a oportunidade de reencontrar grandes amigos, como o ator e diretor de teatro Gideon Rosa, que foi homenageado. “Eu costumo dizer que se os artistas de Itabuna fizessem greve, a arte e a cultura da Bahia estariam paralisadas”, brincou o ator falando sobre a importância da região para a cultura do estado.

A professora Nilmecy Gonçalves, presidente da FICC, disse que “Itabuna tem uma aptidão especial para congregar a arte grapiúna e o faz com muita naturalidade. O fato de reunirmos várias expressões artísticas dentro do mesmo espaço de apresentações torna a nossa cidade capaz de valorizar cada vez mais os artistas que tem. Os resultados do Multiarte dão a exata medida da generosidade dos artistas e do próprio público. Sabemos que o quanto é difícil realizar um festival desta magnitude, mas, graças à eles, aos artistas e ao público, o trabalho terminou com chave de ouro”, externou.

Para o curador do IX Festival Multiarte Firmino Rocha, Fernando Caldas, todos os resultados foram muito bons. “Tivemos a expectativa de recebermos um público total de 6 mil pessoas, e nós conseguimos bater a meta, tendo tido uma média de 300 a 400 pessoas por dia. Tivemos também a iniciativa de organizarmos uma praça de alimentação e um palco alternativo (na área externa). Esse palco nos deu a possibilidade de estendermos as apresentações. Os cantores e cantoras que por ali passaram puderam cantar 5 ou 6 canções. Foi maravilhoso!”, revelou.

Logo após a apresentação do peça “Deus Danado”, foram revelados os vencedores em cada categoria. Na área de Teatro, modalidade “Infantil”, foi premiada a peça “As Lavadeiras”, dirigida por Marquinhos Nô, de Itabuna. Na modalidade “Drama”, premiaram-se “1964: Nos Porões da Ditadura”, de Ricardo Barnabé (Jequié), em 1º lugar; “Dormindo Acordada”, de Drielle Quintino (Ubatã), em 2º lugar e “Ave Marias Nordestinas”, da Mestra Lainha (Ilhéus). Na modalidade “Comédia”, venceram em 1º lugar, “Brigite Bardot Não Mora Mais Aqui”, de Aldo Bastos; em 2º lugar, “Caravana de Tépis”, de Marcos Cristiano (Salvador) e, em 3º lugar, “Esse Tal de Telefone”, de Robert Monteleone (Ilhéus).

A atriz Larissa Profeta levou o prêmio de “Melhor Atriz”, pelo trabalho feito em “1964: Nos Porões da Ditadura” e o ator Binho Lolo , o de “Melhor Ator”, pelo seu personagem “Logo Brígida” em “Brigite Bardot Não Mora Mais Aqui”.

Na área artística de Dança, venceram, na categoria “Clássica”, “Prelúdio”, de Natália Azevedo (Itabuna), “Pas de Trois das Odalistas”, de Krísia Farias (Itajuípe) e “Paysant”, de Marcela Carvalho (Itabuna), em 1º, 2º e 3º lugares, respectivamente. Já em “Dança Contemporânea”, foram premiados “Encanto da Amazônia”, de Krísia Farias (Itajuípe), em 1º lugar, “Erga-me”, de Natália Azevedo (Itabuna), em 2º lugar e “Inquietude”, de Marcela Carvalho (Itabuna). Já em “Dança Livre”, os prêmios foram para “Os Malandros”, de Aldenor Garcia (Itabuna), “Uma Dança”, de Wellington Santana (Itabuna) e “Saga de Guerreiro”, de Jaqueline Paula dos Santos (Itabuna), respectivamente em 1º, 2º e 3º lugares. Melissa Botelho, de Itabuna levou o título de “Melhor Bailarina” pelo seu trabalho em “Prelúdio” e Rodrigo Faustino, o de “Melhor Dançarino” pela apresentação em “Os Malandros”.

Na área de “Música”, foram premiados “Enttropia”, de Ilhéus (1º lugar), “Números Primos”, de Itabuna (2º lugar) e “Bad Maria”, de Itabuna (3º lugar), na modalidade “Pop / Rock”. Na modalidade MPB / Regional, venceram “Grupo Desafio”, de Itabuna (1º lugar), Laís Marques, de Ilhéus (2º lugar) e “Maracatu, Estrela da Terra”, de Uruçuca (3º lugar). Silvano Gonzaga levou o título de “Melhor Instrumentista” em sua apresentação feita no “Grupo Desafio”.


Em “Cinema”, os prêmios foram para “Amar Porque Sim”, de Taíssa Helena Araújo e Danilo Santana, de Ilhéus (1º lugar), “Por Elas”, de Carla Juliana, de Ilhéus (2º lugar) e “Forró Minha Vida”, de Diogo Matos Melo, de Itabuna (3º lugar).

Nas artes plásticas, os vencedores foram Antônio Carlos Moura, de Camacan, por sua exposição “Collage Art”; Gildásio Rodriguez, de Ilhéus; e Geiton Conceição, de Itabuna, com a exposição “Ícones da Cultura Baiana”, classificados respectivamente em 1º, 2º e 3º lugares.

Para a estudante Renata Souza Lima, 17 anos, “o Multiarte é um espaço de encanto. É muito bonito ver tanta gente fazendo coisas que valem a pena e é isso que fica registrado para quem vem aqui. Estou feliz com o festival e com tudo o que tem aqui”, disse a estudante.

Todos os espetáculos do IX Festival Multiarte Firmino Rocha tiveram entrada franca para o grande público. A coordenação do festival solicita aos participantes que ainda não receberam seus certificados que compareçam à sede da FICC, na Praça Laura Conceição, 339 - Centro, no horário das 9h às 11h30min e das 14h às 16h para buscá-los.