Bahia

CRIANÇAS VITIMAS DE DESAPARECIMENTO NO RIO PARAGUAÇU NÃO FORAM ACHADAS

Com informações do Correio e DN (Rubem Jr).
Tasso Franco , da redação em Salvador | 02/07/2020 às 19:58
Cabeceiras do Paraguaçu
Foto: DN
  A busca das cinco vítimas de um acidente de embarcação em trecho do Rio Paraguaçu, no município de Cabaceiras do Paraguaçu, acabou sem êxito. Quatro crianças e um adulto seguem desaparecidos. Os bombeiros encontraram alguns pertences que podem ser das vítimas.

As buscas são coordenadas por equipes do 13º Grupamento Marítimo de Bombeiros Militar (GMAR) da SAR da CPBA com apoio de equipe de busca e resgate (SAR), da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA).

Segundo a Tenente Verônica, da Capitania dos Portos, as buscas foram encerradas no final da tarde desta quinta-feira (2) e serão retomadas nas primeiras horas da próxima sexta (3).

Ao todo, seis pessoas estavam no barco na hora do acidente e apenas uma foi regatada até agora, o pescador Paulo Roberto, que é avô de três crianças e pai de outra vítima. Ele foi achado vivo.

As crianças desaparecidas têm idade de 3 a 11 anos. O adulto é um amigo da família de cerca de 50 anos, segundo relatos de familiares.

A pequena embarcação teria virado ainda na tarde de ontem e, devido ao tempo passado desde o acidente, os familiares têm poucas esperanças de encontrá-los vivos. "O menino de três anos mesmo não sabe nadar, enquanto as outras devido às circunstâncias dificilmente conseguiriam também", contou um primo das vítimas.

A Marinha informou que as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido serão determinadas por meio de um inquérito a ser instaurado pela Marinha.

TIA FALA

A tia das quatro crianças que desapareceram no Rio Paraguaçu, na altura da cidade de Cabaceiras do Paraguaçu, na quarta-feira (1º), falou ao DN sobre o desespero da procura por elas, que até esta quinta-feira (2) não foram encontradas. A embarcação em que elas estavam virou no rio. Além das crianças, com idades entre 5 e 14 anos, um adulto também está desaparecido.

Segundo Priscila Leôncio, as crianças foram visitar a bisavó por alguns dias e quiseram voltar para casa na quarta-feira, de barco. “Os meninos vieram passar uns dia na casa da bisavó, aqui do lado de Santo Estêvão. Aí meu tio veio com um amigo resolver uns problemas aqui, de documentação. Quando os meninos viram meu tio e esse amigo, pediram para que eles levassem eles para casa.

Só que minha tia e minha prima [mães das crianças] falaram que era para eles voltarem de carro, mas como os meninos ficaram insistindo muito, ele [tio] pegou os meninos e levou no barco”, conta Priscila. Seguiram então as quatro crianças, o tio e o amigo do tio na canoa. Priscila conta ainda que a embarcação virou no meio do rio e o tio conseguiu ir para as margens pedir ajuda para resgatar as crianças e o adulto.

“Eles foram na canoa, só que a canoa virou no meio do rio. Meu tio, pela misericórdia de Deus, conseguiu sobreviver. Ele foi nadando até a margem do rio para pedir socorro. Só que como já foi tarde, a gente não teve muita coisa para fazer. Eu peço encarecidamente que os bombeiros venham, porque aqui não tem bombeiro nenhum, aqui não tem ninguém [autoridade] procurando eles. Pelo amor de Deus, são quatro crianças e um adulto.